Enquanto houver bambu... I

Divulgado em 11/09/2019 - 07:20 por por Fáustulo Sobrinho

******

O título da coluna é uma homenagem aos “payaguaes” ou paiaguás, grupo indígena que, segundo a história, habitava o vale do rio da “Cobra Grande”. Tinham um código de honra que impedia que um guerreiro recuasse em batalha. Anhu!

******

O contribuinte realmente sabe como a Prefeitura vai pagar os R$ 26 milhões a serem emprestados da Caixa? Será que o Banco do Brasil não conseguiria cobrir a oferta? Ou será que alguém não quer concorrência?

******

Onde estão os órgãos ambientais? Onde estão os ambientalistas? Nenhuma manifestação pública? Então o prefeito manda cortar as árvores e vão lá e cortam? Fazer vista grossa para o massacre da serra elétrica que ocorreu nos jardins da estação rodoviária é uma judiação contra a natureza.

******

A presidente do Conselho de Meio Ambiente encaminhou sua carta de demissão. Ela considerou insustentável sua permanência no cargo. Retirou-se honrosamente. Outros membros também já abandonaram o órgão. Infelizmente a natureza perde.

******

Os vereadores estão prestes a plantar mais uma jabuticaba na legislação municipal. Algo exclusivo do Brasil. A “Bolsa lua-de-mel” vai favorecer as núpcias do prefeito que alega não ter dinheiro para pagar as contas. Como assim?

******

Pedir ao Executivo Municipal fiscalizações e ações para coibir a presença de pessoas amadoras que ficam fazendo “espetáculos circenses” nos semáforos da cidade? Que temor é esse? Não tem cabimento. Isso é um desrespeito aos artistas de rua.

*******

Onde fica a praça Otaviano Augusto no Parque Residencial do Redentor? As atas das sessões ordinárias precisam de revisão. Porque o Pavesi deve estar se revirando no túmulo. Tenha piedade de nós!

*******

Os prefeitos precisam parar com essa mania antiga de perseguir aqueles que consideram ser “inimigos do Estado”. Os funcionários da Saúde que o digam. É um muda pra cá, manda pra lá. Já deu, Queridão! Esses seus paus mandados que são obrigados a fazer o serviço sujo não servem nem para ver se está chovendo! E como tem pau mandado nesse governo, porca miséria!

******

Se continuar com essa mania feia, Senhor Mandão, os seus cupinchas, asseclas, apaniguados e puxa-sacos vão, muito em breve, arrumar um cargo de fiscal de túmulo perto do “Bar das Almas”.

*******

A esposa de Napoleão Bonaparte, Josefina, teve um cão Pug chamado “Fortune”. Na noite em que eles se casaram, Josephine se recusou a dormir em sua cama até que o seu Pug fosse permitido a dormir com eles. Fortune foi utilizado com finalidade de enviar mensagens secretas a Napoleão quando sua dona foi parar na prisão. Apenas uma passagem histórica.

*****

Napoleão é também personagem e o principal antagonista do livro “A Revolução dos Bichos”, do escritor inglês George Orwell. O personagem é baseado no líder da União Soviética, Josef Stalin, e deve o seu nome ao imperador francês.

******

Nessa obra, Napoleão é o único porco da raça Berkshire na fazenda. Depois de todos os animais afugentarem o dono da propriedade, Napoleão expulsa Bola de Neve (outro porquinho) e torna-se o líder dos bichos, acabando por fazer da Quinta dos Animais uma ditadura. Literatura das boas.

******

Falando neles, os vereadores merecem fazer um curso de mitologia grega. Voto de Minerva é o que decide uma votação que de outra forma estaria empatada. Mas o presidente da Casa votou só pra garantir. Da próxima vez chama o VAR, Zé! Ou disfarça!

******

O novo pacote de investimentos do Programa Porto Iluminada, que pretende iluminar com LED as avenidas da cidade, prevê o uso de lâmpadas com certificação pelo Inmetro? Ou vai ficar nessa acende e apaga, igual à boate Bataclã?

******

Ainda não é hora de culpar a loba. Ela apenas amamentou o menino e o irmão dele. Só que o desmame da bezerrada vai acontecer em breve.

******

Parabéns ao prefeito que assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público. Agora os orçamentos anuais ficarão amarrados nessas execuções. E planejar a cidade que é bom, nada?

******

Afinal, do bambu saem as flechas. Enquanto ainda existir bambu, lá vai flecha. Até a próxima coluna