Prefeito tentou enganar o povo quando disse querer nova destinação para o prédio da UPA
Divulgado em 04/10/2019 - 16:00 por portoferreirahoje
Recordar é viver. O leitor lembra-se de quando o prefeito Rômulo foi para Brasília nos primeiros três meses de mandato e voltou da Capital federal dizendo com todas as letras que queria dar nova destinação para o prédio da UPA?
Dois anos e meio se passaram e o que aconteceu? Nada. O equipamento continua lá, às traças. A alvenaria está se depreciando a cada dia. É dinheiro do povo que não está sendo respeitado pelo governo. Isso se chama incompetência de gestão. E não deve demorar, o nosso prefeito irá colocar a culpa no Governo Bolsonaro.
Na época daquela viagem, o site oficial da Prefeitura de Porto Ferreira divulgou material institucional em que o prefeito falava o seguinte: “Foi uma reunião muito importante para discutirmos sobre a UPA, que foi construída no meio do nada, e tem custeio alto. Nosso objetivo é usar aquele espaço para outra finalidade na área da Saúde”, comentou Rômulo Rippa.
Destaca-se o seguinte trecho: usar aquele espaço para outra finalidade na área da Saúde. Pois bem. O atual governo está prestes a fechar a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2020. Será que Rômulo vai destinar recursos municipais no ano que vem para fazer uso do prédio? Ou se esqueceu do que falou? Ou foi mais uma falácia?
A nota publicada com o título “Governo municipal discute com Ministério da Saúde dar nova destinação ao prédio da UPA”, em março de 2017, justificava o injustificável. O texto destacava que o assunto principal do encontro com as autoridades foi a viabilidade de funcionamento da UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
Todo mundo sabe que o prédio está pronto, mas não tem computadores, macas, leitos ou sequer mobiliário administrativo e de saúde para abrir as portas.
A folha de pagamento dos funcionários para atendimento do público será alta. Médicos e enfermeiros serão necessários nas 24 horas. Para chegar até lá existe uma estrada de terra. A UPA vive da síndrome da Viúva Porcina: foi sem nunca ter sido [a mulher de Roque Santeiro].
Quando se candidatou o prefeito sabia exatamente aquilo que o esperava: colocar a UPA para funcionar. Só que vão se passar quatro anos e nada será feito para oferecer mais qualidade de atendimento de saúde à população.
Hoje, com a cabeça na possibilidade de se reeleger, sabe que o custeio desse equipamento é de mais de R$ 600 mil, sem contar gastos com pessoal e material de uso diário. Portanto, o prefeito mostra-se ser um político “promessinha” e vai fazer de tudo para esquecerem a abertura das portas da UPA ou a nova destinação desse equipamento público. A não ser que a imprensa o ajude a refrescar a sua memória até outubro de 2020.