Avenida Professor Henrique e o desleixo: por fora, bela viola...por dentro pão bolorento

Divulgado em 07/10/2019 - 17:30 por portoferreirahoje

A Avenida Professor Henrique da Mota Fonseca Júnior é o retrato do desleixo. Como diz o velho ditado: “Por fora, bela viola...por dentro pão bolorento”. Enquanto a Prefeitura dá publicidade à troca de lâmpadas de vapor de sódio pela duvidosa “LED xing-ling” e chama isso de programa “Porto Iluminada”, os problemas acumulam-se ao longo da via.

O canteiro central agoniza por melhorias. As pedras do calçamento estão soltas.Há espaços sem reposição das plantas e a quantidade de lixo doméstico depositado nas ilhas chama a atenção.O ponto de ônibus intermunicipal não tem cobertura, deixando os passageiros no sol quente e no relento. O assento de concreto é precário.

O que precisa ser feito é a reposição imediata das espécies, completando o paisagismo. Além disso, sugere-se contratar uma empresa com calceteiros experientes para restituir as pedras e manter o mosaico tradicional. Por fim, deve-se intensificar a fiscalização com base no Código de Posturas para garantir a limpeza pública.

Aquela que um dia foi conhecida por “rua pedregulhada” é uma das principais artérias viárias de Porto Ferreira. Liga o centro à Avenida do Comércio, em rota alternativa para o traçado da rua Dona Balbina, que costuma ficar congestionado nos horários de pico.

É a única avenida de pista dupla que corta, praticamente a cidade ao meio. Grande parte do fluxo de veículos, principalmente ônibus intermunicipais, passa por ela.Por outro lado, por falta de gestão, os cruzamentos carecem de faixas de pedestres. A sinalização existe nas imediações da estação rodoviária. Os semáforos costumam ficar intermitentes quando não funcionam nos fins de semana, deixando os motoristas confusos.

Na década de 1990, quando o farmacêutico Carlos Alberto Teixeira era o prefeito, o canteiro central ganhou novo calçamento em mosaico português e foram plantadas palmeiras imperiais em quase toda a sua extensão, do cruzamento com a avenida Vinte e Quatro de Outubro (hoje avenida Dr. Nicolau de Vergueiro Forjaz) até a rua Joaquim Miguel Pereira, na Vila Maria. A exceção ficou para o trecho atrás do campo municipal do Palmeirinhas.

Na época, a benfeitoria transformou a antiga “duas pistas”em um marco do paisagismo, criando a segunda alameda no município. A primeira foi a curva da avenida Vicente Zini.

A Avenida Professor Henrique era para assemelhar-se à entrada do Jardim Botânico na cidade do Rio de Janeiro com as robustas palmeiras imperiais. Pena que o desleixo com o passeio público, o descaso com a vegetação e a quantidade de sacos de lixo dispensados no canteiro central não ajudam na imagem do cartão postal.