Pacientes em tratamento e acompanhantes denunciam condições no transporte da Saúde para Barretos

Divulgado em 07/11/2019 - 18:30 por portoferreirahoje

O dia a dia dos pacientes e acompanhantes de Porto Ferreira que precisam se deslocar da cidade e chegar até a unidade de atendimento em Barretos, no Hospiatl do Amor, transformou-se em uma odisseia.

A viagem entre os municípios, considerando o trajeto pela rodovia Anhanguera até Ribeirão Preto, e depois de Ribeirão Preto até Bebedouro, dura 2 horas e 30 minutos. São 212 quilômetros.

Por uma decisão do prefeito Rômulo Ripa, para reduzir os gastos com pedágio, houve a mudança de trajeto para Barretos com nova  rota via Araraquara, passando por São Carlos, com trajeto pela rodovia Washington Luiz. O tempo passou para 2 horas e 53 minutos. São 250 quilômetros, passando pela rodovia Marechal Rondon (BR- 364).

Essa mudança, ocorrida recentemente, causou perplexidade por parte de alguns usuários desse serviço de Saúde.

As redes sociais e os grupos de WhattsApp registraram nas últimas semanas dezenas de denúncias e protestos pela falta de respeito com as pessoas que precisam de tratamento.

O que se ouve não são críticas ao aumento da distância e do aumento também  do tempo de viagem.

Dona Elza esteve em Barretos esta semana e confirmou a dificuldade com o novo caminho por Araraquara. Segundo ela, em áudio no grupo de WhattApp, o desembarque aconteceu às 7 horas da manhã. Uma amiga perdeu a consulta e outra pessoa perdeu a sessão de quimioterapia.

“... o que está acontecendo, porque mudou a rota, é pedágio que tem que pagar a mais, que demora mais, vamos conversar com o prefeito, a pessoa não pode perder a químio, a rádio a consulta..., já é tão difícil ..., lá chama hospital do amor, então o prefeito tem que ser do amor, ajudar a cuidar, pelo amor de Deus...”

Para chegar no horário da consulta é preciso acordar por volta das 2 horas da manhã. O veículo passa de porta em porta e a viagem deve se iniciar muito antes das 3h30 horas da manhã. E ainda há o retorno para casa, não menos doloroso. O desgaste da viagem é grande transtorno para quem busca o tratamento e a cura no “Hospital do Amor em Barretos”.

Muitos dos pacientes e acompanhantes já frequentam o hospital há mais de um ano e conhecem bem a dura rotina de viajar mais de 200 quilômetros, uma ou duas vezes por semana para receber medicamento, realizar consultas e exames na unidade de referência.

Em síntese: piorar a condição do paciente, aumentando o trajeto e tempo da viagem, não é uma atitude mais sensata a ser tomada pelo prefeito com o intuito de economizar.

Por lei, o município é obrigado a investir no mínimo 15% do orçamento na Saúde, mas esse percentual é o mínimo, porém o atual prefeito está querendo transformar o mínimo em máximo.