Isto não é mais uma casinha de cachorro: catador dorme a menos de 60 metros do Paço

Divulgado em 19/11/2019 - 08:00 por portoferreirahoje

O que o leitor vê? A entrada da extinta boate Zeus? Uma marquise à rua Dona Balbina, no centro? E o que mais: um saco plástico recheado de latinhas de alumínio para reciclar? Deitado ao relento está um ser humano? É possível dizer que aquilo não é uma casinha de cachorro? Ou seja: alguém que dorme ali.

Mais uma vez a verdade reside nos fatos. O registro foi feito no dia 15 de novembro. E não adianta esconder o problema social. Ele existe. E a Prefeitura não faz nada! Onde estão os programas sociais para acolher o morador de rua?

Eis o fato: na porta de um clube, no centro da cidade, um ser humano dorme no chão sem qualquer padrão de higiene. É um morador sem-teto, uma pessoa que vive na rua, pedindo esmola e catando latinhas. E ele não vive em uma casinha de cachorro.

O poder público municipal está cego para os problemas sociais de Porto Ferreira. A política do prefeito Rômulo não alcança o ser humano carente. Seja no cruzamento de semáforos, seja na porta da padaria, seja na porta da igreja: há sempre um ser humano pedindo ajuda.

Porque o ser humano é um animal, mas um animal social. E aqui reside a diferença. No início do mês a imagem de um mocó na praça Olímpia Meirelles de Carvalho, a 100 metros do gabinete do prefeito Rômulo, chamou a atenção dos leitores. E o assunto gerou discussões acaloradas.

Na semana seguinte foi a vez da imagem registrada na marquise de uma antiga escola de idiomas à rua Bento José de Carvalho. E algumas pessoas insistiam e ainda insistem em não enxergar o óbvio. É uma pena que esses cidadãos, entre milhares de outros, estão sendo traídos pela imagem. O que está por trás da fotografia é algo maior: uma doença da sociedade ferreirense.

É a barbárie que ocorre diariamente no coração de uma cidade que ninguém se importa. Nem mesmo o prefeito. E Rômulo tem responsabilidade sobre isso, quer ele queira ou não.