Enquanto houver bambu XXIII
Divulgado em 11/02/2020 - 19:00 por portoferreirahoje
Afinal de contas, terminou ou não terminou a reforma na Escola de Comércio? A Prefeitura divulgou nota na semana passada dizendo que as obras tinham terminado, mas na sexta-feira, no sábado e no domingo o pessoal da empresa continuava lá trabalhando. Interessante...
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De noite faltou luz e teve torcida gritando quando a luz voltou. Parece até música da Legião Urbana, mas é a novela para a abertura dos portões da Escola de Comércio. Puseram até culpa no transformador de energia. No fim de semana a concessionária estava lá, instalando o aparelho.
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Só as Inezitas entenderão:
“Lampião de gás
Lampião de gás
Quanta saudade
Você me traz.”
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E pelo jeito molhou, como dizem. Mal começaram as chuvas na cidade e já teve goteira no telhado da Escola de Comércio. Uma das salas estava com o forro todo manchado. O banheiro também apresentou problemas. Tudo por causa da incompetência de quem fez. É capaz de o prefeito culpar São Pedro pelo mau tempo. Porque ele nunca tem culpa de nada. É tudo culpa do outro. E vamos cantar: “Pinga ni mim, pinga ni mim, pinga ni mim”.
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As crianças apelidaram a reforma da Escola de Comércio de Kinder Ovo: legal por fora, mas depois que abre tem uma surpresa dentro.
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É comum entre nós brasileiros usar a palavra Paraguai relacionando alguma
situação ou fato duvidoso, ou produto sem qualidade ou sem garantia. O prefeito RR não titubeou na entrega da reforma da Escola de Comércio: “La garantia soy yo”. Leia-se “soi djô”.
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Extra, extra, extra. Começaram os problemas na avenida Assad Taiar. Quando o trânsito vai travar? Já travou. E se o caminhão quebrar? Congestionou. De quem foi a ideia genial de diminuir o tamanha das pistas, hein?
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Faz rir o povo essa história de intensificar a fiscalização dos imóveis sujos e depósito irregular de entulhos. A Prefeitura precisa fazer a lição de casa e limpar suas áreas institucionais e dar o exemplo. Que mania feia essa de ficar canetando o proprietário ao invés de criar uma campanha educativa ou encontrar uma alternativa para convencer os proprietários a limpar.
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Ainda vai levar um tempo para curar o que feriu por dentro. O verso de Lulu cai como luva na voz dos comerciantes que não estão nada felizes com a gestão de RR. Basta circular pelas lojas e perceber o descontentamento. Teve gente que falou poucas e boas do tal “menino irresponsável”.
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O comerciante conversou com uma aposentada e confidenciou sua decepção. Ele garantiu, com todas as letras, que vem perdendo clientes e negócios com a gestão do “menino irresponsável”. E que sua clientela sumiu com mudança de mão de direção, com Zona Azul, entre outras coisas.
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Piada pronta é comparar um prefeito com uma tartaruga em cima de um poste de cerca. Todo mundo sabe que alguém a tinha posto lá. E que ela não tinha chegado lá por si mesma. Assim todos são os políticos que alcançam alguma posição. Ninguém chega a lugar nenhum sozinho. Resta saber quanto mais tempo ficará em cima do poste.
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Quando é que a operação “tapa-buracos” vai pra rua? A Prefeitura também tem que pensar em melhorar as condições de tráfego em lugares distintos. Em primeiro lugar é preciso ter um sistema eficiente de atendimento e registro do problema. Depois, distribuir as equipes com bom planejamento. E daí em diante fazer a programação para atender as solicitações.
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O cidadão que usa os canais de atendimento quer prazo para a execução dos serviços seja rápido e eficiente. O que não pode é pedir hoje e esperar mais de 30 dias como tem acontecido com as lâmpadas queimadas.
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Falando em bulbos queimados, a população precisa se preparar para um apagão generalizado que será causado pela instalação de lâmpadas LED sem a devida certificação de qualidade, ou seja, o selo do INMETRO.
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Grande parte das lâmpadas LED que são comercializadas no País para as administrações municipais não possuem o selo do INMETRO. São produtos genéricos que são comprados pelo critério de menor preço, conforme determina a Lei de Licitações.
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Quando uma Prefeitura aposta em um programa de substituição de lâmpadas precisa pensar em longo prazo. Não é o caso. Os cidadãos percebem a cada dia que as lâmpadas LED não são compatíveis com o sistema de distribuição. E apresentam defeito pouco tempo depois de instaladas.
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Falando que o assunto é sério. Na segunda-feira, 10, houve um apagão nas lâmpadas dos postes da avenida Engenheiro Nicolau. O blecaute pegou parte da avenida Dr. Arcyr, parte da avenida Professor Henrique e parte do Jardim Primavera. E atingiu as lâmpadas LED.
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Ainda bem que o apagão não atingiu a “função” das meninas da avenida. O atendimento não ficou comprometido e as luzes vermelhas estavam acesas o tempo todo. Para o bem estar do povo e felicidade geral dos frequentadores.
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Insurgiu a revolta da vacina na Câmara Municipal. A pauta ganhou força na tribuna e os vereadores puseram a boca no apito. Falaram até que o município tem que trabalhar um pouco. Um pouco? O prefeito é o responsável pela falta de vacina. E ponto final.
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Ficar colocando a culpa no Estado é dourar a pílula. Faltam vacina, remédio controlado e itens essenciais na rede pública e o prefeito não faz nada. De nada adianta o governo federal gastar recursos para convencer as mães a vacinar se na outra ponta o governo municipal não dá conta do recado. Uma vergonha!
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O Senhor “Voto de Minerva”, que nas horas vagas é o Cabôco Mamadô, está preocupado com os pneumáticos. Pneu dá dengue, pneu dá dengue, pneu dá dengue. Puff! Puff! Puff!
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O Cabôco Mamadô foi ressuscitar os mortos-vivos e encontrou escorpiões.
Os queridos artrópodes terrestres foram aparecer bem no bairro em que ele mora. São animais discretos e noturnos, mas picam. Puff! Puff! Puff!
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O Cabôco Mamadô qué benzê asfalto. Qué mudá rua. Qué muda palanque di lugá. Puff! Puff! Puff!
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O Cabôco Mamadô andou falando com as paredes: “o buraco ali é mais embaixo”. Puff! Puff! Puff! “Nós temos que olhar o que aconteceu para não repetir o erro de administrações passadas e que deixaram o problema para nós”. Estava se referindo ao projeto dos Grandes Lagos, na Vila Sibyla.
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O Cabôco Mamadô não perdoa quem já foi prefeito: “Tem que olhar a origem porque ali tem problema mais sério do que só a parte superficial, tem problema na documentação, na licitação e na execução das obras”. Pegou mal. Pura dor de cotovelo de quem nunca foi e nunca será.
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Só os fracos entenderão, em ritmo de marchinha de Carnaval:
“Pediram humildade ao seu Roma
E seu Roma mandou passear
O povo não manda nele
Só faz a obra
Que o vereador mandar.
Mandou daqui, mandou de lá.
Meu vereador é um bobão
Só com o passado limpo
E uma nova eleição
Tem obra aqui, tem obra lá
E com dinheiro emprestado.
Quem é que vai pagar?”
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A Câmara Municipal tramitou tantos pedidos de tapa-buracos e de conserto de pavimentos que até parece que a cidade está um “queijo suíço”. Pior é que o problema está em praticamente todos os bairros. Isso significa que a zeladoria está com nota zero.
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Eleições chegando como fogo de morro acima e já tem gente querendo tomar o pirulito da criança. A notícia correu feito um rastilho de pólvora. Não é a primeira vez que acontece.
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Água de morro abaixo como dois e dois são quatro. Está na hora de escolher um lado. Nada de ficar “em cima do muro”. Tucano anda com tucano. Égua arisca anda com égua arisca. Cavalo baio anda com cavalo baio. E pardal que acompanha morcego acorda de ponta-cabeça.
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Reza a lenda que existem grupos de WhattsApp envolvendo questões importantes da atual administração. E o prefeito está incluído nesses grupos. Esta semana o reizinho RR fez alguns desabafos para que mais pessoas participem das inaugurações. Ele precisa ser prestigiado. Só que não!
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Essa história de grupos de WhattsApp já deu ruim em outras ocasiões. O diretor de escola mais louco que o padre do balão e o comissionado apelidado de “Pitoco” foram os personagens principais. O caso mais recente é o prefeito dando chilique e convocando o pessoal da Secretaria de Obras para consertar o telhado da Escola de Comércio antes da inauguração.
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A denúncia que envolve o prefeito e apaniguados está prestes a virar notícia. Os dados foram checados e a possível devolução do dinheiro pago não está descartada. Dizem por aí que pode dar improbidade administrativa porque o prefeito é quem assina o contracheque. Ou vai pôr a culpa no secretário?
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Todo dia é a ansiedade que aumenta. As camisetas do Broco do Burro estão quase prontas. O slogan do Carnaval de 2020 merece uma menção honrosa. Será que vão ter coragem de passar pelo palanque?
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Cuidado com a Zona Azul que ela ainda vai te pegar. Os monitores não respeitam ninguém, nem o prazo de tolerância e nem as frações. Tornaram-se pessoas “não gratas” para a sociedade ferreirense que já está cansada.
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O nosso querido “Detritódromo”, lá pelas bandas do Jardim Águas Claras, também conhecido como “Famosão”, recebe todas as manhã um cavalo e duas éguas. O pasto está tão alto que os equinos são levados pela dona e são suficientes para o almoço e para o jantar.
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Mais um capítulo da novela “Câmara à la carte”. A pedido do czar-mor RR, o Grande Ripanopovo, os vereadores devem revogar: “a Lei de Gay-Lussac”. Gases nas mesmas condições de pressão e temperatura: seus volumes mantêm-se em proporções fixas.
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Os leitores da coluna pedem críticas construtivas. A sugestão é fomentar um programa de educação patrimonial. Esse programa da Prefeitura poderia ajudar a comunidade a resgatar lugares, objetos e monumentos que fazem parte de sua história, facilitando assim a preservação desses bens.
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A população continua aguardando ansiosamente pelo início das obras da rotatória na avenida Ângelo Ramos, no cruzamento com a avenida Rudolf Streit.
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A Nê Peixeira, a Rosinha Chuvisco, a Dona Sonora, o Lazinho Cadeado, o Salvador Beleza e o Bitingão estão sentindo falta do Carnaval da Saudade no coreto da praça Cornélio Procópio. Eles gostam de ouvir as marchinhas executados por músicos de verdade.
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No mundo da empresa flexível, os operários são obrigados a trabalhar com horas extras para conseguir acompanhar o calendário do prefeito. Mas será que pagaram o adicional noturno? Ou colocou na conta do Abreu?
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No mundo da empresa flexível, os operários são obrigados a se alimentar sentados no chão, pois não podem usar o refeitório da escola em reforma. Mas será que ninguém pode garantir a dignidade das pessoas? Ou trabalhador precisa comer no chão?
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O título da coluna é uma homenagem aos “payaguaes” ou paiaguás, grupo indígena que, segundo a história, habitava o vale do rio da “Cobra Grande”. Tinham um código de honra que impedia que um guerreiro recuasse em batalha.
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Afinal, do bambu saem as flechas. Enquanto ainda existir bambu, lá vai flecha.