Rômulo usará financiamento de R$ 26 milhões para afastar estigma de prefeito sem marca

Divulgado em 11/10/2019 - 10:00 por portoferreirahoje

A máquina pública é uma importante arma eleitoral. Suas engrenagens precisam ser engraxadas para render frutos. Por outro lado, Porto Ferreira viverá um dilema de reeleger seu chefe do Executivo ou substituí-lo para o município retomar os trilhos do progresso.

À frente da Prefeitura desde janeiro de 2017, o pessedista Rômulo Ripa é cobrado por seus correligionários e asseclas por estar afastado do povo. Conversas apontam que os ferreirenses têm um sentimento de abandono em relação à pessoa que está sentado no primeiro andar do Paço Municipal.

Agora, a um ano das eleições municipais e com os cofres públicos abarrotados pelos R$ 26 milhões, quer afastar o estigma de político sem marca. E tentará se fazer notar para não ser desprezado nas urnas.

O eleitor de 2016 pergunta-se qual foi a principal inauguração do atual governo municipal. Qual foi a obra marcante do governo até agora? Será que a tal austeridade, pelo menos propalada, era o desejo popular? Todas as demandas da Saúde foram atendidas? A qualidade do ensino melhorou? O cidadão está se sentindo mais seguro? Os gestores estão preparando a cidade para o futuro?

Com R$ 26 milhões em caixa o prefeito comprometeu-se em investir em obras de infraestrutura, construção, reforma e ampliação de prédios públicos. A dúvida é: será que pavimentação e construção de rotatórias ajudarão a criar uma marca? Será que recapeamento de vias renderá votos?

A propósito, qual é o projeto milagroso que prevê a construção da rotatória na confluência das avenidas Engenheiro Nicolau, Ângelo Ramos e Rudolf Streit? Terá o prefeito uma varinha mágica? Aliás, outro ponto: recapear uma rua para valorizar um imóvel onde reside uma pessoa com parentesco de primeiro grau não é um tanto questionável?

O que a opinião pública questiona é: por qual motivo o dinheiro do Finisa/CEF não será gasto na melhoria da travessa dos Ingás, que liga a avenida Nossa Senhora Aparecida ao Jardim Anníbal?

Como ficará a avenida Armando Scheffer até 2020? E o que dirão os moradores da avenida Lázaro José de Araújo que pedem as benfeitorias há anos? E não fez um projeto para ligar a rua João Simão, no Cristo, com a rotatória Otílio Polato?

Além disso, mais indagações: faltou gestão para cobrar do governo estadual a pavimentação da estrada SP-328 que liga o Jardim Anníbal à Escola do Sesi? Que prefeito é esse que não se lembrou da rua Naif José, no bairro São João?

A entrada do Jardim Porto Belo na vicinal Luiz Pizeta continuará precária? Até quando a estrada de servidão entre o Jardim Águas Claras e o Jardim São Manoel continuará de terra? 

Tudo isso gera indignação. A pujança financeira dos R$ 26 milhões atende apenas uma parcela da população.

Assim,a massa restante – a ser esquecida –pode pender para um candidato, que não ele. O que se sabe é que o prefeito Rômulo guarda na manga do paletó um estoque de placas para descerrar. Ele conseguirá reverter o corte de fitas de inauguração em votos? Ou arriscará apoiar um sucessor para viver em São Paulo ou Brasília como assessor especial em cargo do PSD?

Noves fora: sempre existirá o risco de não conseguir investir todos os recursos do financiamento e ficar com o mico na mão assim que acabar o jogo de cartas. Nesse caso, o eleitor não perdoará: escolherá outro.