Conheça os processos de tratamentos de esgoto realizados pela BRK Ambiental em Porto Ferreira

Divulgado em 06/08/2020 - 11:00 por portoferreirahoje

Desde que assumiu a concessão dos serviços de água e esgoto em Porto Ferreira, a BRK Ambiental, empresa responsável pelos serviços, já investiu R$ 21,4 milhões no sistema de coleta e tratamento de esgoto da cidade. O montante possibilitou a ampliação do índice de tratamento de 3% para mais de 80% (volume médio no primeiro semestre deste ano é de 88%).

Em 2011, no início da concessão, aproximadamente 300 m³ de esgoto eram tratados diariamente no município. Atualmente, esse valor é de aproximadamente 7.000 m³/dia, ou três piscinas olímpicas, o que representa um aumento de 2.233% no volume tratado diariamente.

O tratamento ocorre nas Estações Fazendinha, Santa Rosa e Paulo Calisto, que possuem processos de tratamento diferentes.

“Existem os tratamentos com sistemas primário, secundário e terciário. Nas nossas unidades em Porto Ferreira, utilizamos o sistema secundário, responsável por remover a matéria orgânica do esgoto, evitando a poluição dos corpos hídricos da cidade. Além disso, contribui para impedir a proliferação de doenças à população.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada R$1 investido em saneamento, há uma redução de R$4 em gastos com a saúde”, explica Rodrigo Dias, diretor de operações da BRK Ambiental.

ETEs Fazendinha e Paulo Calisto

Na ETE Fazendinha, responsável pelo tratamento de 93% de todo o esgoto coletado na cidade, isso ocorre por meio da junção do método UASB (tratamento anaeróbio) com lodos ativados (tratamento aeróbio), processo que remove 84% da carga poluente.

O tratamento ocorre da seguinte maneira:


  1. Gradeamento grosseiro manual: essa etapa remove materiais sólidos presentes no esgoto, como cabelos, papel, gordura e lixo em geral, resíduos que deveriam ser destinados ao lixo doméstico;

  2. Peneira rotativa: tem a função de retirar dos esgotos partículas sólidas de menor dimensão, tais como restos de comida;

  3. Medidor de vazão tipo calha Parshall: contabiliza o volume que entra na estação para controle de dosagem de produtos químicos;

  4. Caixa e sistema de extração de areia: a areia é um agente que pode causar abrasão, por isso esta etapa é importante para a eficácia dos equipamentos da operação;

  5. Reator UASB: processo biológico (tratamento anaeróbio) que tem a função de remover a carga orgânica presente no esgoto. São bactérias que se alimentam da matéria orgânica presente no esgoto e fazem sua decomposição;

  6. Tanque aeração ou lodos ativados: processo biológico (tratamento aeróbio) que tem a função de remover a carga orgânica presente no esgoto. São bactérias que se alimentam da matéria orgânica presente no esgoto e fazem sua decomposição;

  7. Decantador secundário: Nesta etapa os flocos formados nos tanques de aeração se sedimentam, permitindo a saída de um efluente clarificado;

  8. Desinfecção por cloro: fase final que tem a função de inativar agentes patógenos;

O mesmo processo também é utilizado na ETE Paulo Calisto, responsável por tratar 1% do esgoto coletado na cidade.

ETE Santa Rosa

A ETE Santa Rosa, responsável por tratar 6% do esgoto coletado da cidade possui tratamento por lodos ativados (tratamento aeróbio) que remove 97% da carga poluente. 


  1. Gradeamento grosseiro: essa etapa remove materiais sólidos presentes no esgoto, como cabelos, papel, gordura e lixo em geral, resíduos que deveriam ser destinados ao lixo doméstico;

  2. Caixa e sistema de extração de areia: a areia é um agente que pode causar abrasão, por isso esta etapa é importante para a eficácia dos equipamentos da operação;

  3. Medidor de vazão ultrassônico instalado na calha Parshall: contabiliza o volume que entra na estação para controle de dosagem de produtos químicos;

  4. Caixa de gordura: caixa destinada a reter na sua parte superior as gorduras, graxas e óleos contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente;

  5. Tanque aeração ou lodos ativados: processo biológico (tratamento aeróbio) que tem a função de remover a carga orgânica presente no esgoto, por meio da aplicação de oxigênio em excesso para que as bactérias que se alimentam da matéria orgânica presente no esgoto e fazem sua decomposição;

  6. Desinfecção por cloro: fase final que tem a função de inativar agentes patógenos;

Após todo o tratamento, a concessionária devolve o efluente tratado aos corpos d’água evitando danos ao meio ambiente e à saúde da população.

Lixo na rede de esgoto

Vale ressaltar que o aumento de volume nas redes ocorre tanto por conta da mistura da água da chuva (ligações irregulares) com a rede coletora de esgoto, quanto pelo descarte irregular de lixo nas redes.

“A rede de esgoto foi dimensionada para receber 99% de material líquido e somente 1% de sólido e um dos maiores desafios enfrentados pela BRK em Porto Ferreira é o descarte irregular de lixo nas redes coletoras e ligações residenciais”, complementa o diretor.

Durante as atividades de limpeza são rotineiramente encontrados materiais estranhos dentro das tubulações, tais como, restos de construção civil (pedras, resto de cimento, madeira, plástico, papelão, sacos etc.) e descartes de banheiro (papel higiênico, fio dental, absorventes, cabelo, cotonetes, tecidos, sacos plásticos etc.), que ocasionam a obstrução da rede. Outro grande problema é o descarte irregular de resíduos de cozinha, como restos de comida e, principalmente óleo e gordura.

Os materiais sólidos também são encontrados durante a limpeza do gradeamento das estações elevatórias (EEEs) e de estações tratamento de esgoto (ETEs) da cidade.

Por Nathalai Lopes - Comunicação Regional SP