Enquanto houver bambu- XXV

Divulgado em 26/02/2020 - 10:00 por por Fáustulo Sobrinho (F.S. para os íntimos)

A cultura popular mais uma vez venceu. O povo foi para a avenida na quinta-feira atrás do burro. Quem acompanhou a folia percebeu um público jovem bastante entusiasmado e alegre. E, principalmente, criativo. A praça pública ainda é do povo.

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A cereja do bolo de carnaval foi, é e sempre será o Boizão. É a marca registrada de tantas festas de Momo na cidade. Uma mistura de manifestações que envolve o respeito, permissividade e vontade popular.

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A equipe do Coronel Márcio Simplício mostrou competência na organização do trânsito. O policial militar reformando ficou debaixo de chuva com os controladores de tráfego para ajudar a manter a ordem e a organização. Enquanto isso, as autoridades de colarinho branco só quiseram saber do palanque.

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O prefeito RR, mais uma vez, usou as redes sociais para resmungar. Levou uma bolada nas costas ao saber que o Tribunal de Contas do Estado deu uma bela canetada no edital que sua “equipe técnica” preparou para a licitação da construção da ponte.

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E por falar em errata, uma “equipe técnica” que não sabe a diferença de CREA e CAU não serve nem para ver se está chovendo. Os cidadãos devem imaginar como foram feitos o memorial descrito, os cálculos das pilastras e da pista de rolamento. Credo em cruzes. Será a nova versão da “ponte do rio que cai”?

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A tentativa da “equipe técnica” de criar um atalho para não apresentar alguém que tenha, ao menos, construído uma ponte uma vez na vida é piada.

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Qualquer prefeitura que se preze tem procuradores competentes. E profissionais competentes costumam estar atualizados e sabedores das diretrizes do Tribunal de Contas do Estado. A pergunta que não quer calar é a seguinte: será que nenhum procurador foi indagado para saber se o teor do edital estava correto? Ou puseram o edital na rua sem um olhar jurídico.

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Falando em coisa errada, a Quarta-feira de Cinzas promete. Em breve a imprensa ferreirense ficará conhecendo quem, de verdade, é o prefeito RR. Será ele um falso gestor? Aquele que sanciona uma lei e que, para beneficiar os apaniguados e baba-ovos, não cumpre a própria lei que autografou? Quem viver, verá!

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O prefeito de Porto Ferreira não sabe, mas é feio fazer cortesia com o chapéu alheio. Determinou fazer o recape na rua de um familiar usando o pedido de um ex-vereador. É mais ou menos dizer que só fez porque mandaram...

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Pior que isso é divulgar uma notícia no site oficial e esconder o nome das ruas do bairro que foram recapeadas. Foi para não dar muito na cara. Onde estarão os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade administrativa, publicidade e eficiência que aprendeu na faculdade?

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Malévola, sempre ela, pode ficar na última rodada com o zap na mão e perder a partida. Em pouco tempo, as fadas madrinhas vão acordar a Bela Adormecida. E a floresta se livrará de seu encanto. E todos viverão felizes para sempre.

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Querido Picuíra: você agora vai até a sua casa, traz um travesseiro recheado com plumas de ganso, sobe na torre da igreja, rasga a costura do travesseiro e joga, aos punhados, as plumas ao vento. Feito isso, desce da torre e começa a catar as plumas que o vento carregou. Quando tiver catado todas, você volta aqui, a fim de receber a absolvição. Tudo passa e passa ligeiro! Como as glórias e as enganosas esperanças!

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Alguém notou alguma coisa no canteiro de obras do Centro Empresarial? Não existe uma placa de identificação dizendo o que está sendo feito no CEFER? Será que tem gato naquela tuba? Será que alguém está escondendo alguma coisa?

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Por qual motivo não fizeram a restauração do pavimento da avenida Padre Nestor Maranhão, defronte à faculdade? Está estranho aquele rasgo sem ninguém aparecer para retocar o asfalto. Ou vão testar para ver se a tubulação foi colocada de maneira correta?

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A Nê, o Bitingão e o Lazinho Cadeado foram no Boizão. O Salvador Beleza preferiu o burro. Todos devidamente paramentados e com seus sacos de confete, além de muita serpentina. Esse pessoal sim é legal e divertido. Ao contrário das sessões da Câmara.

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Falando em sessões da Câmara, um dos vereadores mais conhecidos do legislativo ferreirense está com as malas prontas. Deixará a “Califórnia brasileira” e seguirá rumo às Minas Gerais.

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O Senhor Voto de Minerva, vulgo Cabôco Mamadô, vai aproveitar os encantos do novo paraíso para soltar mais folhas do talonário. Lá na região do Campo das Vertentes ninguém ainda conhece as habilidades do meninão. Puff!Puff!Puff!

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Os servidores públicos tiveram que fazer plantão no sábado e na segunda-feira de carnaval para a emissão da segunda via dos carnês do IPTU. É porque os carnês não vão chegar no prazo para o contribuinte quitar. Ainda bem que o Pierrô e a Colombina não rasgaram as fantasias. Que delícia trabalhar nesta gestão, gente! Competência assim não tem tamanho.

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Noves fora os decretos publicados pelo prefeito, os servidores que foram recrutados para trabalhar nesses horários ganharão a compensação? Ou ainda não aboliram a escravatura no século 21? Porque quem trabalha de graça é relógio. Ah, quem sabe vai rolar uma medalha de honra ao mérito.

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Os ataques feitos a um advogado que prestou serviços durante décadas no legislativo ferreirense chegaram a píncaros. Qual é o problema gostar de croquete com pimenta e dançar em bailes com as moçoilas?

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Quando é que vai ser a inauguração do parklet exclusivo da loja da mulher do vice-prefeito? Os lojistas terão coragem de aplaudir a benfeitoria e tecer elogios ao prefeito e ao vice?

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Definitivamente a criação do canteiro central na Avenida Assad Taiar não atende às especificações de trânsito. Só trafega um veículo por vez, seja ele motocicleta, carro ou caminhão.

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Alô, alô, secretário de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi! Pegaram a grana que o senhor mandou para Porto Ferreira e fizeram uma caca, uma verdadeira lambança. O povo espera o senhor para a inauguração. Só não liga para as manifestações espontâneas.

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O nosso querido “Detritódromo”, lá pelas bandas do Jardim Águas Claras, também conhecido como “Famosão”, está aceitando doações de sofás, tambores, resíduos sólidos, antenas parabólicas velhas e outros objetos. Maiores informações no Paço Municipal.

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Mais um capítulo da novela “Câmara à la carte”. A pedido do czar-mor RR, o Grande Ripanopovo, os vereadores devem revogar: “a Lei de Dalton”. A pressão total de uma mistura de gases é igual a soma das pressões parciais de cada gás que a compõe.

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Os leitores da coluna pedem críticas construtivas. A sugestão é criar um aplicativo de smartphone para que os agentes da dengue possam registrar as residências com criadouros do Aedes aegypti. Em tempo real será possível analisar os indicadores epidemiológicos da dengue e atuar diretamente nos focos. O monitoramento seria mais rápido e eficiente.

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No mundo da empresa flexível, o Zé Faísca vai formar dupla com o Curto Circuito. O show pirotécnico vai acontecer nas dependências da Escola de Comércio caso as autoridades não tomem as providências necessárias.

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O título da coluna é uma homenagem aos “payaguaes” ou paiaguás, grupo indígena que, segundo a história, habitava o vale do rio da “Cobra Grande”. Tinham um código de honra que impedia que um guerreiro recuasse em batalha.

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Afinal, do bambu saem as flechas. Enquanto ainda existir bambu, lá vai flecha