Campanha do Planalto defende isenção do imposto para a maioria da população e taxação de super-ricos como medida de equidade, e nega confronto com o Congresso ou aumento generalizado de impostos.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Sidônio Palmeira, afirmou que a nova campanha do governo federal sobre a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais não deve ser vista como uma disputa entre classes sociais. “Não é rico contra pobre, é justiça tributária”, disse o ministro a jornalistas presentes.
A iniciativa, segundo o governo federal, busca corrigir distorções no sistema tributário brasileiro, pois a medida atende à maioria da população, aliviando a carga para quem já contribui com até 27,5% de imposto, e cobrando mais daqueles que hoje pagam pouco ou nada.
“Na verdade, o governo federal quer que aqueles que pagam zero de imposto, pagam 2%, 4%, 5%, paguem agora 10%. É isso. É o que a gente tá chamando de justiça tributária”, explicou o ministro
O governo federal tem sinalizado que não pretende elevar a carga tributária sobre os mais pobres. Além disso, a administração atual busca não centralizar a política de equilíbrio fiscal das contas públicas na retirada de benefícios sociais ou na redução das aposentadorias daqueles que recebem menos.
Essa postura contrasta com propostas de agentes do mercado financeiro e de parlamentares do Centrão, que sugerem o congelamento do aumento do salário mínimo. Tais proposições, segundo o governo, transfeririam todo o ônus da contenção de gastos para os segmentos mais vulneráveis da população, o que ampliaria a injustiça fiscal e social no país.
*Fonte: valor.globo.com