Ferramenta de inteligência artificial aposta em perguntas guiadas para estimular o aprendizado, mas avaliação aponta limites no uso
Um novo recurso do ChatGPT promete transformar a forma como estudantes revisam conteúdos: o “modo socrático”. Ao ser ativado, ele inverte a dinâmica da conversa e, em vez de entregar respostas prontas, faz perguntas para levar o usuário a refletir e construir o próprio raciocínio.
A técnica, inspirada no filósofo grego Sócrates (470 a.C.–399 a.C.), estimula a análise crítica e o diálogo por meio de etapas conhecidas como ironia e maiêutica fases em que o interlocutor identifica falhas no pensamento e, depois, formula novos conceitos a partir da própria reflexão.
A pedido do g1, sete professores testaram o recurso e apontaram vantagens e desvantagens. Segundo os relatos, o método funciona melhor como revisão ou organização de ideias, e não como ferramenta para aprender um conteúdo do zero. “As perguntas iniciais são boas, mas quando relatei dificuldades, a ajuda não foi eficaz”, disse Idelfranio Moreira, gerente executivo de Inovações do SAS.
Outro ponto crítico foi a geração de imagens: segundo os educadores, as figuras fornecidas pela IA não se destacaram e poderiam ser facilmente encontradas em buscas comuns na internet.
Apesar das limitações, especialistas veem potencial no uso do “modo socrático” para estimular a autonomia dos alunos e aprofundar a compreensão de temas já estudados. O recurso, no entanto, ainda carece de ajustes para lidar melhor com dúvidas complexas e apoiar aprendizados iniciais.
Fonte: G1