É um golpe na espinha do governador do estado de SP, que tantas vezes se alinhou à retórica de seu ídolo estadunidense
A política, por vezes, nos presenteia com ironias tão suculentas que parecem ter sido roteirizadas por um dramaturgo com senso de humor sombrio. A mais recente delas, envolvendo o presidente estadunidense Donald Trump e o governador de SP, Tarcísio de Freitas, é um prato cheio.
Em um relatório sobre direitos humanos no Brasil, a administração Trump não poupou o Brasil de críticas. E, para a surpresa de ninguém, a gestão do presidente Lula foi o principal alvo. No entanto, o que realmente chama a atenção, e evoca um riso amargo, é a crítica explícita à polícia do estado de SP.
Tarcísio, um leal trumpista e entusiasta do boné Make America Great Again (MAGA), viu sua própria força policial ser diretamente mencionada. Em seu relatório, a administração do republicano aponta “execuções ilegais por policiais”, “absolvições polêmicas” e a “demora em punir” tais atos.

É um golpe na espinha do governador, que tantas vezes se alinhou à retórica de seu ídolo do norte. Tarcísio, conhecido por sua proximidade com a causa trumpista, agora se encontra na posição curiosa de ser criticado por um aliado político que, em tese, deveria ser sua referência.
Por Marco Antônio Mourão – Charge produzida com auxílio de IA