Tarcísio de Freitas calibra discurso, reforça comunicação e testa alianças para manter boa relação com os bolsonaristas raiz, mercado financeiro – Faria Lima e os eleitores antipolarização
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), iniciou uma estratégia política para 2026 que lhe permite manter aberta sua rota para disputar à Presidência da República em 2026. Para não partir do zero em um eventual voo nacional, ele já conversa com marqueteiros, redesenha sua comunicação e endurece o tom contra o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O movimento tem como objetivo chegar ao momento da decisão com discurso, equipe e articulação política minimamente estruturados. Para disputar a cadeira presidencial, Tarcísio terá de renunciar ao governo paulista até abril de 2026.
Antes categórico em descartar o Planalto, o governador passou a admitir com mais ênfase diante de aliados, mas precisa do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem diz manter lealdade. Segundo aliados do governador e do ex-presidente, Jair Bolsonaro já deu respaldo total a Tarcísio, ainda que o gesto não tenha sido publicizado para criar um ambiente de atrito entre os bolsonarista raiz.
Nos seus discursos tenta calibrar a comunicação para manter boa relação com os bolsonaristas, mercado financeiro e os antipolarização. Tarcísio procura apresentar de acordo com público que fala uma visão liberal para o crescimento do país, critica os gastos do governo federal e reforça seu antipetismo.
Na semana passada, em evento organizado pelos financistas do BTG Pactual, disparou: “… o Brasil não aguenta mais Lula, não aguenta mais aumento de impostos, excesso de gastos, corrupção e o PT...”
Fonte: O Estadão
