Quadrilhas usam documentos falsos e pressão psicológica para levar vítimas a transferirem economias de uma vida
Criminosos que se passam por policiais federais estão aplicando golpes sofisticados em aplicativos de mensagem e por telefone. As vítimas recebem ligações em que os golpistas alegam investigações por lavagem de dinheiro ou tráfico de drogas, enviam documentos falsos com o brasão da República e até realizam longas chamadas de vídeo, simulando depoimentos oficiais.
Em um dos casos, uma aposentada de 58 anos perdeu R$ 580 mil acreditando que transferia valores para “contas de vigilância do Banco Central”. Em Jundiaí, outra mulher entregou mais de R$ 1,5 milhão aos golpistas. Já em Iperó, uma vítima de 63 anos repassou R$ 40 mil.
Todas relataram a mesma estratégia: os bandidos devolvem os primeiros depósitos para ganhar confiança e depois somem com quantias maiores.
As investigações apontam que os criminosos usam contas ligadas a empresas fictícias em São Paulo. A Polícia Civil já identificou dezenas de vítimas e alerta: a Polícia Federal nunca pede transferências de dinheiro em investigações.
Especialistas reforçam a orientação: desconfie de ligações suspeitas, não compartilhe informações pessoais e procure imediatamente a Polícia Civil ou a própria PF caso receba contatos desse tipo. Um simples desligar de telefone pode evitar o prejuízo de uma vida inteira.
Fonte: G1 Globo – Jornal Nacional