Com “O Brasil é dos brasileiros”, atual governo federal adota discurso nacionalista em meio a embates políticos e econômicos
O governo federal brasileiro surpreendeu ao adotar um novo “slogan” de forte apelo nacionalista: “O Brasil é dos brasileiros”. A mudança reflete o cenário de intensa polarização e embate que o país atravessa. A decisão de priorizar a defesa da soberania nacional surge em um contexto de ataques externos e internos.
O que serviu de inspiração para esta resposta ” O Brasil é dos brasileiros “, é a ofensiva do presidente estadunidense Donald Trump em impor sanções ao Brasil, caso o país não siga sua sugestão quanto a interroper o processo no Judiciário brasileiro contra os acusados de golpe, inclusive também sancionou o ministro do STF, sob a acusão que esse promove um ditadura no Brasil.
A esperança de uma trégua política, que parecia possível após os atos de 8 de janeiro não se concretizou, apesar do governo atual tentar montar um ministério com nomes de diversos partidos, inclusive de direita, viu-se diante de uma oposição que, em vez de apresentar uma agenda construtiva, tem se dedicado a criar “pautas-bomba” com o objetivo de sabotar a economia e a atual administração. Como exemplo mais recente é a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, sem taxar os super-ricos, que irá comprometer ainda mais o déficit orçamentário da União.
Os bolsonaristas jamais reconheceram a derrota eleitoral e tem oferecido resistência ao encaminhamento do processo judicial em curso contra aqueles que fizeram e lideraram a tentativa de golpe entre o final de 2022 e início de 2023. Esses contam com apoio significativo no Congresso Nacional, parte do empresariado – principalmente ligado ao agronegócio e parte da imprensa conservadora.
A expectativa de que uma direita não golpista e moderada existisse, se mostrou frustrada. O cenário político brasileiro, ao que tudo indica, continua em ebulição, e a nova bandeira nacionalista do governo reflete a urgência de uma resposta a essa batalha multifacetada pela alma da nação.
Por Marco Antônio Mourão
