Pastor afirma que gesto ocorrido na Avenida Paulista durante o 7 de Setembro desviou o foco da manifestação e será monitorado pela coordenação
Durante os atos bolsonaristas do 7 de Setembro na Avenida Paulista, em São Paulo, uma bandeira dos Estados Unidos foi exibida por manifestantes, gerando repercussão imediata tanto entre integrantes da direita quanto da esquerda. O gesto, associado às sanções do governo Donald Trump contra o Brasil, não teve aval da coordenação do evento.
O pastor Silas Malafaia, organizador das manifestações pró-anistia e líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, afirmou que não concorda com a exibição do símbolo americano e que ficará atento para que a cena não se repita em próximos atos. “No Dia da Independência, estender um bandeirão americano não achei legal. Se eles querem estender alguma bandeira, a gente não impede. Mas, a partir de agora, eu vou ficar de olho para isso não desviar o foco”, declarou.
As sanções dos EUA incluem sobretaxas sobre produtos brasileiros, cancelamento de vistos de autoridades e aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. Para Malafaia, a exibição da bandeira foi explorada pela esquerda nas redes sociais para questionar a participação nos atos bolsonaristas.
A atitude também provocou críticas de políticos. José Guimarães (PT-CE) afirmou que “patriota de verdade é quem ergue a bandeira do Brasil, quem defende nossa soberania e nossa democracia”. Lindbergh Farias (PT-RJ) chamou o gesto de “traidor” e destacou que os manifestantes pediam ajuda dos EUA para intervir no Brasil.
Por outro lado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) repercutiu imagens do protesto em sua conta na plataforma X, ressaltando a presença da bandeira americana em agradecimento ao ex-presidente Donald Trump pelas sanções contra Moraes.
Fonte: Cnnbrasil