Ciro Nogueira, Antônio Rueda, Gilberto Kassab e Valdemar Costa Neto trabalham para ter os votos dos bolsonaristas, sem carregar Jair Bolsonaro e seus familiares
A fala de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, no último sábado (13/09), reconhecendo que “houve um planejamento de golpe” e que a condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo deve ser respeitada, foi interpretada por aliados próximos do ex-presidente como um sinal claro de distanciamento. Para aliados mais próximos de Bolsonaro e seus familiares, trata-se de mais um passo na estratégia do Centrão, antigo Arenão, de rifar o ex-presidente Bolsonaro e deixá-lo inelegível no processo eleitoral de 2026.
No entorno do ex-mandatário, a avaliação é de que Valdemar atua em sintonia com líderes de partidos do bloco, como o PP de Ciro Nogueira, o União Brasil de Antônio Rueda, o PSD de Gilberto Kassab e parte do próprio PL que, após o julgamento de Bolsonaro, estão pressionando o ex-presidente pela definição rápida de um candidato competitivo para a disputa presidencial, que não seja de sua família.
O nome mais cotado nesse grupo é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visto como figura capaz de herdar o eleitorado bolsonarista e, ao mesmo tempo, dialogar com forças políticas mais amplas, especialmente com o Alexandre de Moraes via Michel Temer, o qual é amigo e foi o responsável pela nomeação de Moraes para ministro do STF