O dinheiro público do Brasil está sendo sequestrado pelas emendas impositivas; as quais são eleitoreiras e com pouco retorno para a maioria da população em segurança, saúde e emprego de qualidade
O Brasil está cansado de sustentar um Congresso que não legisla para o povo, mas para seus próprios cofres e campanhas eleitorais. O Centrão – bloco de partidos formado pelo PP, União Brasil, MDB, Republicanos e PSD, tem parlamentares e líderes que só pensam na sobrevivência política, transformaram o orçamento nacional em uma máquina de desvio, chantagem e desperdício.
As emendas impositivas, herdeiras do maldito “orçamento secreto”, viraram a moeda de troca que mantém esses parlamentares no poder. Não importa o governo, não importa a crise, não importa a dor do povo: o que importa é garantir o asfaltinho eleitoral, a ponte inútil, o trator superfaturado. É com esse show de horrores que o Centrão compra votos e perpetua sua farsa.
Enquanto hospitais desmoronam, escolas caem aos pedaços e a segurança pública fica no caos, bilhões são despejados em obras eleitoreiras que não melhoram em nada a vida real da população. É o assalto institucionalizado ao bolso do trabalhador brasileiro, que paga impostos altíssimos apenas para financiar o teatro de poder dos parlamentares do Centrão.
Chega! “Fora parlamentares do Centrão! O povo não aguenta mais pagar seus gastos eleitoreiros com as emendas impositivas.” Essa deve ser a palavra de ordem de todos que ainda acreditam que o Brasil pode ser governado para além da barganha e do toma-lá-dá-cá.
O Centrão não é aliado de ninguém, a não ser do próprio bolso. Não é parceiro da democracia, mas inimigo da nação. Sua política é o atraso, sua prática é a chantagem, sua marca é a corrupção disfarçada de legalidade. E a cada eleição, eles voltam, empurrados por obras de fachada e favores pagos com dinheiro público.
Se quisermos um país justo, precisamos arrancar pela raiz esse tumor que sufoca a República. Não há reforma política verdadeira sem enfrentar o poder predatório do Centrão. O Brasil não aguenta mais ser refém de parlamentares que usam o orçamento como se fosse propriedade privada.
Por Marco Antônio Mourão
