Proporção de famílias endividadas chegou a 48,6% em julho; apesar de leve queda no mês, índice subiu em relação ao ano passado. Comprometimento de renda também aumentou em 12 meses.
O número de famílias brasileiras com algum tipo de dívida chegou a 48,6% em julho de 2025, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central. O índice representa uma leve queda de 0,2 ponto percentual em relação a junho (48,8%), mas ainda mostra um aumento de 0,7 ponto em comparação com julho de 2024, quando 47,9% das famílias estavam endividadas.
O levantamento considera todos os tipos de dívidas, incluindo financiamentos imobiliários, crédito pessoal e outras modalidades. Quando esses financiamentos são excluídos, a proporção de famílias endividadas também apresentou crescimento: passou de 30% para 30,4% em 12 meses.
Além da alta no número de famílias endividadas, o comprometimento da renda com o pagamento dessas dívidas também cresceu. Em julho, as famílias brasileiras destinaram, em média, 27,9% da sua renda para quitar dívidas, um recuo de 0,1 ponto em relação ao mês anterior (28%), mas um avanço de 1 ponto percentual frente ao mesmo mês do ano passado (26,9%).
Desconsiderando os financiamentos imobiliários, o comprometimento da renda também subiu, indo de 24,8% em julho de 2024 para 25,8% em julho de 2025.
Apesar da leve melhora mensal, os dados revelam um quadro de endividamento ainda elevado no país, com impacto direto no orçamento familiar. A manutenção de juros altos e a dificuldade de acesso a crédito mais barato são fatores que podem estar contribuindo para esse cenário.
Fonte: Veja