Bolha de calor sobre o Centro-Oeste deve provocar máximas históricas em ao menos 12 estados; fenômeno será intenso e prolongado, com baixa umidade e risco à saúde.
Uma intensa e prolongada onda de calor vai castigar todas as regiões do Brasil nos primeiros dias de outubro, com temperaturas que devem superar os 40°C em diversas cidades. O fenômeno é causado por uma bolha de calor sobre o Centro-Oeste, que criará um bloqueio atmosférico e levará tempo extremamente seco e quente a uma extensa faixa do território nacional.
De acordo com a MetSul Meteorologia, o calor excessivo afetará diretamente pelo menos 12 estados: Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Rondônia, Amazonas, Tocantins, Pará, Maranhão e Piauí. Cidades dessas regiões devem registrar máximas muito acima da média, com risco de impactos à saúde da população, à agricultura e ao abastecimento de água.
“Será uma das mais abrangentes ondas de calor dos últimos anos, atingindo todas as regiões do país”, alerta a MetSul. A previsão é de que o calor continue até pelo menos os dias 7 a 9 de outubro, quando uma frente fria poderá trazer chuvas e aliviar as temperaturas em parte do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Além da intensidade, a duração do evento também preocupa os meteorologistas. O padrão de bloqueio atmosférico impede a chegada de frentes frias e contribui para o acúmulo de calor, além de reduzir drasticamente a umidade do ar o que agrava o desconforto térmico e aumenta o risco de incêndios florestais.
Apesar de o episódio ocorrer no início da primavera, especialistas destacam que esse período especialmente entre agosto e outubro já é historicamente o mais propenso a extremos de temperatura no Centro do Brasil, em razão da estação seca. Em cidades como Goiânia (GO), por exemplo, o número de dias com máximas acima de 35°C costuma atingir o pico em setembro, antes mesmo do início do verão.
A população deve tomar medidas preventivas para enfrentar os dias de calor extremo: manter-se hidratada, evitar exposição prolongada ao sol, cuidar de idosos e crianças e ficar atento aos níveis de umidade do ar, que devem cair abaixo de 20% em muitas regiões patamar considerado de risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com os efeitos das mudanças climáticas se intensificando, eventos como essa onda de calor tendem a se tornar mais frequentes e severos, exigindo atenção redobrada das autoridades e da população.
Fonte: metsul