Gangue adulterava rótulos de marcas populares em esquema que distribuía produtos para toda a região; cinco pessoas foram presas
Uma operação conjunta da Guarda Municipal e da Polícia Civil desbaratou, nesta sexta-feira (3), um centro clandestino de falsificação de cervejas no bairro Cidade Singer I, em Campinas. No total, foram apreendidas 14.688 garrafas de cerveja com rótulos e tampas adulterados, alertando para um risco direto à saúde pública. Cinco pessoas, com idades entre 22 e 37 anos, foram detidas no local.
A ação, deflagrada a partir de uma denúncia anônima, encontrou um esquema sofisticado de fraude em pleno funcionamento na rua Sérgio Alves de Melo. No barracão, os agentes descobriram 612 caixas, cada uma com 24 garrafas que haviam sido fraudadas. A tática dos criminosos era comprar cervejas de baixa qualidade e baixo custo e reinseri-las em embalagens falsificadas de marcas mais caras e procuradas pelo consumidor.
De acordo com a Guarda Municipal, os funcionários, que atuavam de forma precária, recebiam apenas R$ 3,00 por caixa montada. O volume de produção era alto: cerca de 840 caixas eram adulteradas por semana, o que equivale a mais de 20 mil garrafas. Dois caminhões carregados com o produto falsificado saíam do local semanalmente para abastecer comércios em diversos municípios da região.
O perigo, no entanto, vai além do prejuízo financeiro. As autoridades alertam que consumir uma bebida de origem desconhecida, manipulada em condições clandestinas e sem qualquer controle sanitário, representa um grave risco à saúde.
Quatro dos cinco presos possuem passagens pela polícia por crimes como furto, receptação e tráfico de drogas. Em depoimento, os suspeitos disseram trabalhar no local há mais de três meses, mas afirmaram não conhecer os contratantes por trás do esquema.
Todo o material apreendido será encaminhado para destruição por uma empresa especializada. O imóvel foi lacrado pela Polícia Civil, e o caso foi registrado no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que segue com as investigações para identificar os mandantes da operação criminosa.
Fonte: G1 Campinas –