Dos 16 casos confirmados no país o Estado de SP concentra 14 casos e as duas únicas mortes por ingestão de álcool adulterado; 209 casos seguem sob investigação em 13 estados.
O Ministério da Saúde confirmou um total de 225 registros de intoxicação por metanol após ingestão de bebida alcoólica no Brasil. Os dados, divulgados neste domingo, dia 5, consolidam os casos investigados e confirmados que vêm sendo reportados pelos estados ao Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS), acendendo um sinal de alerta nacional sobre a adulteração de produtos.
No panorama geral, o país tem 16 casos confirmados de intoxicação. No entanto, o que mais preocupa é o grande número de notificações que ainda estão sob análise: 209 casos seguem em investigação em 13 estados e no Distrito Federal. A lista inclui Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rondônia, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará. Apenas Bahia e Espírito Santo tiveram seus registros iniciais descartados após análise.
Maior número de vítimas e óbitos – o estado de São Paulo é o epicentro dessa crise de saúde pública, concentrando a maior parte das notificações. São 14 casos confirmados de intoxicação por metanol, além de outros 178 em investigação.
Infelizmente, os dois óbitos confirmados por intoxicação por metanol em todo o Brasil também ocorreram em São Paulo. Ambas as vítimas eram da capital paulista: a primeira morte foi de um homem de 54 anos, confirmada em 15 de setembro, e a segunda, de um homem de 46 anos, divulgada neste sábado, dia 4, pela Secretaria de Saúde do estado.
O metanol, ou álcool metílico, é uma substância altamente tóxica que pode causar cegueira permanente e morte se ingerido, sendo utilizado de forma fraudulenta na produção de bebidas alcoólicas por ser mais barato que o etanol (álcool etílico). As autoridades de saúde e vigilância sanitária seguem investigando a origem das bebidas e alertam a população para redobrar a atenção e consumir apenas produtos de procedência e com selo fiscal.
Fonte: Estadão