Governador de SP e parlamentares do Centrão, que estão contra Lula, intensificam articulações em Brasília para barrar medida provisória que altera o IOF; bastidores revelam temor de que proposta fortaleça poder de investimentos do governo federal em ano eleitoral.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem se movimentado intensamente nos bastidores de Brasília para tentar barrar a Medida Provisória 1303, enviada pelo governo federal ao Congresso Nacional.
A proposta, considerada estratégica pelo Palácio do Planalto, estabelece novas regras para o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e cria um modelo de arrecadação alternativo ao aumento das alíquotas, com o objetivo de ampliar a base de receitas federais.
Segundo apuração de interlocutores próximos, Tarcísio tem conversado com líderes do Centrão e parlamentares de partidos de direita e exxtrema direita, alertando que a aprovação da MP significaria entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um valor substancial para o governo Lula investir em 2026, seja no social como também na conclusão de algumas obras de infraestrutura.
A Medida Provisória 1303 é uma tentativa do governo federal de ajustar o fluxo de caixa e compensar perdas decorrentes de isenções tributárias concedidas em anos anteriores, especialmente nois subsídios aos empresários com PERSE, operações de crédito e da folha de pagamentos. O Planalto argumenta que o novo modelo dará previsibilidade à arrecadação e reduzirá distorções no sistema tributário.
Tarcísio, no entanto, enxerga a proposta sob outra ótica. Para ele, a MP amplia excessivamente o poder fiscal e orçamentário da União.
O posicionamento do governador paulista tem um componente claramente político. Potencial candidato à Presidência em uma chapa de oposição, Tarcísio tenta se diferenciar como porta-voz da responsabilidade fiscal discurso que agrada os emopresários do setor financeiro em especial os “Fariamemers”.
Fonte: O Globo