Presidente dos EUA celebra cessar-fogo como “avanço histórico no Oriente Médio”; acordo prevê troca de reféns e prisioneiros e entra em vigor em 24 horas
Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (9), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou oficialmente o fim da guerra entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza. O anúncio ocorre após as delegações de ambos os lados chegarem a um acordo de cessar-fogo, firmado na noite de quarta-feira (8).
“Ontem à noite, alcançamos um avanço significativo no Oriente Médio algo que as pessoas diziam que nunca aconteceria. Acabamos com a guerra em Gaza… Garantimos a libertação de todos os reféns restantes”, declarou Trump. A fala foi dada antes de uma reunião de gabinete na Casa Branca e repercutida na rede social Truth Social.
Segundo o presidente americano, o acordo representa um marco nas negociações na região e inclui a troca de reféns israelenses por prisioneiros mantidos pelo Hamas. O texto final do acordo foi assinado por Israel nesta quinta-feira e entrará em vigor em até 24 horas. A partir daí, inicia-se um prazo de 72 horas para a libertação dos reféns.
Apesar do anúncio de Trump, o governo de Israel ainda discute internamente os termos do cessar-fogo. Uma reunião do gabinete israelense está prevista para ocorrer ainda nesta quinta-feira (9), com votação programada para decidir a ratificação do acordo.
Trump também informou que pretende viajar ao Oriente Médio para participar pessoalmente da cerimônia de assinatura do cessar-fogo. O convite foi feito pelo presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, que tem atuado como mediador nas negociações.
Em tom otimista, Trump chegou a comparar a resolução do conflito em Gaza com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Segundo ele, esse também é um problema que acredita poder resolver “muito rapidamente”.
Caso o acordo seja plenamente implementado, este será o fim de um dos capítulos mais violentos do recente conflito entre Israel e o Hamas, marcado por milhares de mortos, ataques aéreos intensos e uma grave crise humanitária em Gaza.
O cessar-fogo representa não apenas um alívio imediato para civis na região, mas também uma possível reabertura de canais diplomáticos no conturbado cenário do Oriente Médio.
Fonte: Metropoles