Com investimento de R$ 159,3 milhões, Ministério da Saúde inicia distribuição do trastuzumabe entansina, voltado a pacientes que não responderam à quimioterapia inicial; tratamento deve beneficiar mais de mil mulheres ainda em 2025
O Ministério da Saúde recebeu nesta segunda-feira (13), no almoxarifado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, o primeiro lote do medicamento trastuzumabe entansina, voltado ao tratamento de pacientes com câncer de mama HER2-positivo em estágio avançado. A remessa inicial contém 11.978 unidades e será distribuída por meio das secretarias estaduais de saúde, conforme os protocolos clínicos do SUS (Sistema Único de Saúde).
Incorporado à rede pública em 2022, o trastuzumabe entansina é indicado para pacientes que ainda apresentam a doença após a quimioterapia inicial, geralmente em casos classificados como estágio 3. De acordo com o Ministério da Saúde, o medicamento pode reduzir em até 50% a mortalidade dessas pacientes, além de diminuir significativamente o risco de recidiva local.
O governo federal prevê a entrega de quatro lotes até junho de 2026, com as próximas remessas programadas para dezembro deste ano, março e junho do próximo ano. Ao todo, serão adquiridos 34,4 mil frascos-ampola, ao custo de R$ 159,3 milhões, valor que cobre 100% da demanda atual no SUS.
A expectativa é que o medicamento comece a ser aplicado já a partir deste mês, com mais de 1.140 pacientes beneficiadas ainda em 2025.
Durante a recepção da carga, o diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto Campello Carvalheira, destacou a importância do avanço para a oncologia brasileira:
“É uma medicação que vai reduzir em 50% a mortalidade das pacientes com HER2-positivo. É uma grande vitória do povo brasileiro. O Ministério da Saúde fica orgulhoso de poder estar fazendo essa entrega hoje dentro do Outubro Rosa.”
Carvalheira também ressaltou que o medicamento traz uma nova esperança para quem ainda apresenta restos tumorais após o tratamento inicial:
“Ele garante 50% de redução de mortalidade, 50% menos recidiva local. É realmente um grande avanço.”
Fonte: acidadeon