Ação cumpre 26 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão no Distrito Federal e em seis estados; 17 suspeitos já foram detidos no Brasil e no exterior.
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (30) uma operação contra um grupo acusado de realizar um ataque cibernético que desviou cerca de R$ 813 milhões de empresas que operam com o sistema PIX, do Banco Central. As investigações apontam que os criminosos direcionaram o dinheiro para contas de bancos e instituições de pagamento responsáveis por transferências financeiras via PIX.
De acordo com a corporação, a operação cumpre 26 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão em Goiás, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Bahia e no Distrito Federal. Há também ações sendo executadas no exterior, com o apoio da Interpol e de forças policiais da Espanha, Argentina e Portugal.
Até o momento, 17 suspeitos foram presos, sendo 11 no Brasil e seis em outros países. O ataque, ocorrido em julho, afetou pelo menos seis instituições financeiras e provocou forte reação no mercado, embora as empresas tenham assegurado que as contas e informações de seus clientes não foram comprometidas.
As apurações revelaram que a quadrilha possuía divisão de tarefas e contava com especialistas em invasões digitais. O grupo utilizava contas em instituições de pagamento para movimentar valores rapidamente e convertia parte dos recursos em criptoativos. As transações eram realizadas de forma direta entre carteiras virtuais, sem qualquer registro formal, o que dificultava o rastreamento.
Os criminosos também faziam a lavagem do dinheiro por meio de investimentos em criptomoedas, revertendo os valores em bens e dinheiro tanto no Brasil quanto no exterior. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 640 milhões em patrimônio dos investigados.
Os envolvidos devem responder pelos crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, lavagem de dinheiro e furto mediante fraude eletrônica.
Fonte: g1.globo.com
