Uma das vítimas é uma criança de 9 anos; prefeitura intensifica ações de prevenção em áreas com presença de capivaras
A cidade de Leme, no interior de São Paulo, confirmou duas mortes por febre maculosa neste ano. Uma das vítimas é uma criança de 9 anos, que morreu em 12 de outubro. O outro caso é de um homem de 44 anos, que faleceu em julho. A doença é transmitida pelo carrapato-estrela, vetor da bactéria Rickettsia rickettsii.
Diante dos casos, a prefeitura emitiu um alerta e reforçou as medidas de vigilância e prevenção. Segundo o chefe do Núcleo de Zoonoses do município, José Ricardo Varzone, uma das áreas de maior risco é um trecho cortado por um rio que atravessa a cidade por cerca de cinco quilômetros. O local é habitado por capivaras, que funcionam como reservatório natural da bactéria.
Varzone explicou que a transmissão pode ocorrer quando animais como cavalos ou cães entram nessas áreas e acabam levando o carrapato para outros ambientes. Ele destacou que as regiões com presença do vetor são monitoradas constantemente e sinalizadas com placas de aviso. Além disso, ações educativas são realizadas em escolas e unidades de saúde, com orientações também aos profissionais médicos.
O especialista orientou a população sobre como agir caso encontre um carrapato no corpo. Segundo ele, a remoção deve ser feita com uma pinça, segurando o parasita pela base e girando-o levemente até soltar. Mesmo assim, a retirada não elimina completamente o risco de infecção, por isso o ideal é fazê-la o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras quatro horas após o contato.
Os sintomas da febre maculosa costumam aparecer entre dois e sete dias após a picada e incluem febre, dor de cabeça, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo. Varzone alertou que, ao perceber os primeiros sinais, é fundamental procurar atendimento médico imediato e informar o possível contato com carrapatos. O tratamento deve começar o quanto antes, preferencialmente nos primeiros cinco dias, com o uso do antibiótico doxiciclina.
Fonte: g1.globo.com
