Falta de quórum impede análise do projeto que transfere funções da fundação para o Instituto Butantan
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) adiou nesta terça-feira (4) a votação do projeto de lei que prevê a extinção da Fundação para o Remédio Popular (Furp), proposta apresentada pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). A decisão ocorreu após os deputados não conseguirem atingir o quórum mínimo necessário para votar requerimentos relacionados ao formato da votação, o que impediu que o texto principal fosse apreciado em plenário.
O governo estadual afirma que o Instituto Butantan assumirá as atividades da Furp, incluindo a absorção dos funcionários, dos equipamentos e da produção de medicamentos. A fundação é responsável pela distribuição gratuita de remédios a mais de 500 municípios paulistas, desempenhando papel importante no fornecimento público de fármacos.
Parlamentares da oposição informaram haver acordo para suprimir um dos artigos do projeto que autoriza a venda dos imóveis pertencentes à Furp. O ponto é considerado um dos mais sensíveis da proposta, pois levanta debate sobre o futuro dos laboratórios da fundação. Caso o dispositivo seja derrubado, deve ser apresentado um novo projeto de lei para definir a destinação dessas áreas.
A Furp mantém unidades em Américo Brasiliense, na região de Araraquara, e em Guarulhos, na Grande São Paulo. O laboratório guarulhense é o mais disputado por estar localizado em uma área central e valorizada pelo mercado imobiliário. O terreno tem cerca de 20 mil metros quadrados, com 40 mil metros quadrados de área construída.
Fonte: Metrópoles SP







