Entre janeiro e outubro, foram confirmados 3.333 casos e mais de 400 mortes; maioria das ocorrências está concentrada na Grande São Paulo
O Estado de São Paulo contabilizou 3.333 casos de meningite entre janeiro e outubro de 2025, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP). No período, mais de 400 pessoas morreram em decorrência da doença, incluindo crianças.
Cerca de 60% das notificações estão concentradas nas 39 cidades que compõem o Departamento Regional de Saúde da Grande São Paulo, uma das 17 divisões regionais do Estado. Nessa área, foram confirmados 2.012 casos e 243 óbitos. A secretaria não divulgou quais municípios registraram maior número de infecções, mas informou que a situação epidemiológica está sendo acompanhada em conjunto com as prefeituras.
O número de casos representa uma leve redução em relação aos anos anteriores. Em 2024, no mesmo período, foram contabilizados 3.946 casos e 524 mortes. Já em 2023, o Estado somou 5.505 registros e 442 óbitos.
A meningite é uma inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo ser causada por fungos, vírus ou bactérias. No Brasil, as formas viral e bacteriana são as mais frequentes.
De acordo com o infectologista Francisco Ivanildo Oliveira Jr., gerente médico do Sabará Hospital Infantil, a meningite viral costuma ser mais leve e o tratamento envolve controle dos sintomas e hidratação. Na maioria dos casos, a recuperação ocorre em até uma semana. Já a meningite bacteriana é considerada mais grave e requer diagnóstico rápido, internação e realização de punção lombar para confirmação.
Entre as bactérias mais associadas à doença estão o pneumococo (Streptococcus pneumoniae), o meningococo (Neisseria meningitidis) e o Haemophilus influenzae tipo B. O pneumococo costuma afetar principalmente crianças pequenas e idosos, enquanto o meningococo é mais comum em crianças e adolescentes.
Os sintomas da meningite, independentemente da causa, incluem febre, dor de cabeça, vômitos, sonolência, convulsões, alterações visuais e rigidez na nuca. Em casos mais graves, como na meningite meningocócica, podem aparecer manchas arroxeadas na pele.
A Secretaria de Saúde reforça a importância de buscar atendimento médico imediato diante de qualquer suspeita da doença, já que o diagnóstico precoce aumenta as chances de recuperação e reduz o risco de complicações graves.
Fonte: band.com.br







