Fiscalização é a segunda realizada no local em menos de três meses e identificou produtos artesanais sem certificação obrigatória para venda
Agentes da Vigilância Sanitária de Ribeirão Preto realizaram nesta quarta-feira (12) uma nova inspeção no Mercadão Central, resultando na apreensão de aproximadamente 200 quilos de queijos artesanais. A ação ocorreu cerca de três meses após uma operação semelhante, quando quase 300 quilos de produtos derivados do leite foram recolhidos e descartados por falta de procedência comprovada.
Durante a fiscalização mais recente, três estabelecimentos foram vistoriados. Em um deles, mais de 40 quilos de queijo foram apreendidos. O comerciante responsável foi orientado a manter os produtos armazenados e fora de circulação até apresentar documentos que comprovem a origem e a regularidade da fabricação.
Os agentes chegaram ao local por volta das 9h, informando que a ação fazia parte de uma rotina de inspeções sanitárias. A equipe deixou o mercado no início da tarde, sem confirmar se o material apreendido será descartado.
Segundo a Vigilância, os queijos recolhidos não apresentavam selos de inspeção obrigatórios, como o Selo de Inspeção Municipal (SIM), o Selo de Inspeção Federal (SIF) ou o registro no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). Também não possuíam o Selo Arte, certificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) exigida para produtos artesanais.
Clayton Ramos, tesoureiro e comerciante no Mercadão Central, afirmou que os lojistas estão se esforçando para se adequar às normas sanitárias e lamentou os impactos das apreensões. Ele destacou que os comerciantes compreendem a importância das fiscalizações, mas consideram que as medidas acabam prejudicando o funcionamento dos negócios.
A primeira apreensão no local aconteceu em 25 de agosto, quando 270 quilos de produtos lácteos foram recolhidos e encaminhados para descarte no aterro sanitário. A Vigilância reforçou que o objetivo das ações é garantir a segurança alimentar e evitar a comercialização de alimentos sem controle de origem e qualidade.
Fonte: g1.globo.com







