Transferência de líderes da facção busca enfraquecer articulação criminosa e reduzir risco de novos ataques no estado
Sete chefes do tráfico ligados ao Comando Vermelho começaram a ser transferidos, nesta quarta-feira (12), para presídios federais de segurança máxima em diferentes estados do país. Os detentos estavam na penitenciária de Bangu 1, no Complexo de Gericinó, e deixaram o local sob forte esquema de segurança conduzido pelo Grupamento de Intervenção Tática (GIT). O grupo seguiu para o Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, de onde embarcou em aeronave da Polícia Federal rumo ao presídio federal de Catanduvas, no Paraná.
Segundo informações da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), a transferência faz parte de uma operação autorizada pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A ação foi uma resposta aos recentes ataques registrados no Grande Rio após uma megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha.
Cerca de 40 agentes do GIT participaram da escolta até a pista do aeroporto. Ao todo, as penas dos sete criminosos somam quase 500 anos de prisão. Depois de uma permanência inicial em Catanduvas, os presos serão redistribuídos para outras unidades federais de segurança máxima localizadas em Mossoró (RN), Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). A data das novas transferências ainda não foi divulgada.
Com a ação desta quarta-feira, o Rio de Janeiro passa a ser o estado com o maior número de detentos sob custódia federal, totalizando 66 presos de alta periculosidade. Somente em 2025, 19 novas inclusões foram feitas no Sistema Penitenciário Federal.
De acordo com o governo fluminense, os transferidos ocupavam posições de liderança dentro da facção e mantinham influência sobre ações criminosas no estado. O pedido de transferência partiu do Ministério da Justiça e da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, que alertaram para o risco de novos ataques caso os chefes continuassem em presídios estaduais. O objetivo principal, segundo o governo, é interromper a comunicação entre os líderes e os demais integrantes do Comando Vermelho.
Fonte: g1.globo.com







