Douglas Junior Nogueira, de 32 anos, é principal suspeito após exames realizados pelo HC detectarem lesões internas e material semelhante a sêmen no corpo da vítima de Serrana (SP)
A Polícia Civil prendeu neste sábado – Douglas Junior Nogueira, de 32 anos, o padrasto da menina Ana Alice, de 11 anos, que morreu na última quinta-feira (13) em Serrana (SP), com fortes indícios de violência sexual.
O homem foi localizado em Santa Rosa de Viterbo e tornou-se o principal suspeito após exames realizados pelo Hospital das Clínicas (HC-UE) detectarem lesões internas e material semelhante a sêmen no corpo da vítima.
De acordo com as investigações, o padrasto estava sozinho com a criança no momento em que o suposto crime ocorreu. Seu depoimento à polícia apresentou contradições significativas sobre os eventos que levaram à morte da menina, inicialmente relatada como um “acidente por enforcamento”. A versão do suspeito – de que a criança teria se enforcado acidentalmente com uma touca de pelúcia – foi confrontada pelas evidências médicas que indicam violência sexual.
A prisão foi realizada após a apreensão de provas materiais na residência da família, incluindo roupas íntimas, itens de higiene pessoal e celulares do padrasto e da mãe. Os objetos recolhidos serão submetidos à análise pericial no Instituto de Criminalística para confrontação com as amostras biológicas encontradas no corpo da vítima.
O delegado Marcelo Melo Garcia de Lima, responsável pelo caso, destacou que a mudança na linha de investigação ocorreu após o HC-UE comunicar formalmente a descoberta de “material semelhante a sêmen e duas pequenas lesões nas partes íntimas da vítima”. O hospital havia inicialmente atendido a menina por suspeita de enforcamento, mas os profissionais de saúde detectaram os indícios de abuso durante os procedimentos de emergência.
O caso havia sido inicialmente registrado na Delegacia de Defesa da Mulher de Serrana na quarta-feira (12), quando a mãe – uma auxiliar de farmácia de 38 anos – relatou que deixara a filha sob os cuidados do padrasto enquanto trabalhava. A polícia aguarda agora os resultados do exame necroscópico para determinar a causa oficial da morte e dos laudos periciais dos objetos apreendidos.
O suspeito permanece preso à disposição da Justiça e pode responder pelos crimes de estupro de vulnerável e homicídio, crimes cujas penas podem chegar a 30 anos de reclusão. A investigação continua para esclarecer todas as circunstâncias do caso que comoveu a cidade do interior paulista.
Fonte: Serranense e G1 Ribeirão Preto







