Eduardo de Lara (Republicanos), presidente da Câmara de Iguape, é investigado por cobrar até R$ 2 mil mensais de comissionados para mantê-los no cargo; TJ-SP rejeitou recurso da defesa
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve o afastamento do presidente da Câmara Municipal de Iguape, Eduardo de Lara (Republicanos), investigado por supostamente exigir parte dos salários de funcionários comissionados para permitir que permanecessem em seus cargos. Segundo o Ministério Público, o esquema teria desviado aproximadamente R$ 202 mil dos cofres públicos entre 2021 e junho de 2024.
A apuração começou em outubro do ano passado, após uma denúncia anônima encaminhada ao MP. Dez servidores relataram que precisavam repassar mensalmente valores entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil ao vereador para manter seus empregos. A primeira decisão judicial afastando Lara do cargo foi emitida em 4 de novembro, incluindo a proibição de acesso à Câmara e contato com os servidores envolvidos, além do pagamento de fiança de R$ 82 mil.
A defesa do parlamentar tentou reverter a medida através de um habeas corpus no TJ-SP, alegando “constrangimento ilegal” e argumentando que a investigação se baseava apenas em denúncia anônima. O desembargador Geraldo Wohlers, no entanto, negou o pedido na quinta-feira (13), destacando que a decisão de primeira instância estava “devidamente fundamentada” e que havia “indícios suficientes de materialidade e autoria” dos crimes, além de risco de interferência do vereador nas investigações. O caso continua em tramitação na Justiça.
Fonte: A Tribuma e G1 Santos







