Marcelo Fernandes, de 57 anos, foi preso na noite de terça-feira (18) como principal suspeito de matar a esposa, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo.
O empresário Marcelo Fernandes, de 57 anos, foi preso na noite de terça-feira (18) como principal suspeito de matar a esposa, a também empresária Cláudia Cristina da Silva Fernandes, de 53 anos, em um caso tratado pela Polícia Civil como feminicídio em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo.
O crime ocorreu na madrugada de domingo (16), e um mandado de prisão temporária havia sido expedido no dia seguinte. Ao se apresentar à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acompanhado de um advogado, Marcelo confessou o homicídio, embora sem detalhar a ação, e foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória do município.
Horas antes da prisão, um homem de 33 anos procurou a DHPP e se apresentou como testemunha. Segundo o delegado Felipe Vivas, ele é a terceira pessoa identificada na cena do crime. O depoente afirmou ter conhecido Cláudia uma semana antes pelas redes sociais e que os dois se encontraram no sábado (15) para conversar, já que a empresária relatava estar em processo de separação e precisava “desabafar”. Ele negou qualquer relação íntima com a vítima.
De acordo com o relato da testemunha, os dois estavam dentro do carro de Cláudia quando perceberam a aproximação de uma caminhonete Toyota Hilux. Ao reconhecer o marido, a empresária demonstrou medo. Marcelo teria se aproximado da janela e, em tom ameaçador, dito: “Não falei que eu ia te pegar?”. Em seguida, voltou à caminhonete. Assustada, Cláudia mandou o acompanhante fugir e saiu para falar com o marido. Segundos depois, ele disse ter ouvido um estrondo — que pode ter sido o momento em que a empresária foi atropelada.
As investigações contam ainda com imagens de câmeras de segurança que registraram os últimos passos de Cláudia e a movimentação do suspeito. A empresária aparece deixando sozinha o prédio por volta de 0h30. Já Marcelo chega ao local às 2h, dirigindo a Hilux, entra no elevador escondendo as mãos sob a camisa para tocar os botões e, cerca de meia hora depois, sai do prédio usando outras roupas e outro veículo, uma Fiat Strada. A perícia identificou marcas de sangue compatíveis com atropelamento no pneu da Hilux usada pelo empresário.
A juíza Elaine Cristine de Carvalho Miranda autorizou a prisão preventiva ao considerar o risco de interferência nas investigações e a gravidade do feminicídio. A polícia continua analisando provas e buscando detalhes sobre a dinâmica do crime, que reforça mais um episódio extremo de violência de gênero no Espírito Santo.
Fonte: A Gazeta do ES







