O fundo de previdência de São Roque enterrou 19% de toda sua carteira em letras do Banco Master, mesmo após alertas do Ministério Público de Contas do TCE de SP sobre os riscos da operação. A liquidação do banco determinada pelo Banco Central nesta terça-feira (18) transformou a promessa de “ótima taxa” em prejuízo certo para os servidores municipais.
Aposta
- Concentração insana: quase um quinto do fundo municipal em um único banco
- Alerta ignorado: MPC/TCE-SP advertiu São Roque e outros 4 municípios sobre os riscos
- Falta de garantia: aplicação sem cobertura do FGC, com vencimento em 10 anos
Justificativa
A assessoria Crédito & Mercado, responsável pela indicação do investimento, desqualificou reportagens sobre as fragilidades do Master como “questões políticas sem fundamento”, em pleno 2025, quando o BC já barrava a venda do banco para o BRB. A São Roque Prev, por sua vez, justificou a aposta cegamente: “a instituição está autorizada a funcionar pelo BC”.
Incompetência ou irresponsabilidade
- Falta de due diligence: nenhuma análise robusta sobre a saúde financeira do Master
- Síndrome do retorno fácil: municipalidades seduzidas por taxas anormalmente altas
- Desprezo à prudência: concentração em ativo de longo prazo sem garantias
Enquanto assessores ganham comissões, servidores públicos veem suas aposentadorias serem queimadas em negócios que qualquer princípio básico de gestão de risco reprovaria. Quantos “Masters” ainda espreitam nos portfólios dos fundos municipais?
Fonte: Metropoles







