Pastor afirma ter divergências com Jorge Messias, mas rejeita atuação do presidente do Senado e lembra episódio envolvendo Davi Alcolumbre quando Bolsonaro indicou André Mendonça ao STF
O pastor Silas Malafaia voltou a se manifestar sobre a disputa política em torno da indicação de Jorge Messias, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Embora reitere divergências ideológicas com o indicado, Malafaia afirmou que não pretende “entrar no jogo” do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que, segundo ele, tenta vetar o nome.
Malafaia destacou que, apesar das diferenças políticas com Lula e com Messias, considera que a indicação ao Supremo é prerrogativa exclusiva do chefe do Executivo. “Eu tenho divergências grandes com o Messias. Ele é esquerdopata gospel, e eu não sou. Eu tenho mil diferenças com o Lula. Mas todo mundo sabe que é prerrogativa do presidente da República indicar ministros do STF. E Alcolumbre agora tenta escolher ministro do STF no lugar de Lula, como fez com Bolsonaro”, afirmou.
O pastor relembrou a resistência de Alcolumbre à indicação de André Mendonça ao STF, feita pelo então presidente Jair Bolsonaro. Segundo Malafaia, o episódio demonstraria um padrão de atuação do presidente do Senado. “Eu tenho memória. Eu me lembro quando Alcolumbre jogou pesadíssimo para tentar derrubar a indicação de André Mendonça. Fez isso porque tinha um candidato dele. Foi uma guerra.”
Para Malafaia, o papel do Senado é sabatinar e votar o indicado, mas não interferir na prerrogativa presidencial. “Fora isso, não é prerrogativa do presidente do Senado indicar ministros da Corte. Quer dizer então que é o Alcolumbre que é o confiável para indicar quem ele quer?
Ele está repetindo agora o mesmo jogo que fez com o Bolsonaro. Só porque o Lula é meu inimigo político, então que se lasque? Não, tenha paciência. Minha consciência e meu caráter não permitem que eu faça isso.”
Fonte: Folha de S. Paulo







