Quadrilha utilizava boletins de ocorrência falsificados e já teria ajudado 65 pessoas a entrar no país irregularmente
Um servidor público está sob investigação da Polícia Federal por possível envolvimento com uma quadrilha que produzia documentos falsificados para facilitar o envio ilegal de migrantes para os Estados Unidos. A ação, chamada Operação Asylum e deflagrada nesta quinta-feira (27/11), é um desdobramento da Operação Trinta Réis, iniciada em 2022 para apurar crimes relacionados à promoção de migração ilegal no Vale do Rio Doce.
Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Ipatinga e Tarumirim (MG) e em Novo Repartimento (PA), além do sequestro de bens e valores avaliados em mais de R$ 263 mil. O celular do principal suspeito foi periciado e indicou a produção de boletins de ocorrência falsos usados para permitir a entrada irregular de migrantes nos Estados Unidos pela fronteira com o México.
A investigação revelou que um contrabandista de pessoas do Vale do Aço, com apoio do servidor público corrompido, obtinha os boletins falsificados para evitar a deportação dos migrantes. Até o momento, pelo menos 65 pessoas teriam sido enviadas ao exterior com auxílio da quadrilha.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de promoção de migração ilegal, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informação e corrupção passiva. A Justiça Federal em Governador Valadares pretende apreender novos documentos e instrumentos utilizados nos crimes.
Fonte: otempo.com.br







