Operações da Polícia Federal expõem a teia de influência que liga expoentes do Centrão a escândalos de fraude bancária e sonegação bilionária.
A política nacional tem sido sacudida por investigações de alto calibre que trazem à tona a perigosa proximidade entre empresários de peso e importantes líderes do Centrão, notadamente do Progressistas (PP) e do União Brasil.
Embora nenhum político tenha sido formalmente acusado, a sombra de dois grandes escândalos o caso do Banco Master e a operação contra o Grupo Fit, lançou um foco incômodo sobre as relações e a atuação de chefes partidários em favor de pautas de interesse desses empresários.
O banqueiro Daniel Vorcaro, do Banco Master, preso (e subsequentemente solto) sob acusação de emissão de títulos de crédito falsos, construiu uma rede de contatos em Brasília com o objetivo claro de facilitar seus negócios, que incluíam uma negociação com um banco estatal dependente de reguladores oficiais.
Nessa teia de influência, destacam-se nomes como Ciro Nogueira, presidente do PP, e Antônio Rueda, presidente do União Brasil. A proximidade desses expoentes do Centrão com um empresário investigado por fraude bancária levanta questões cruciais sobre a utilização da influência política para fins privados e a permeabilidade do sistema regulatório a interesses particulares.
O segundo caso envolve a megaoperação contra Ricardo Magro, do Grupo Fit, que é alvo de investigação por um esquema de sonegação, fraude e ocultação de patrimônio que teria causado um prejuízo estimado em R$ 26 bilhões aos cofres públicos.
Fonte: Folha de S. Paulo







