As vítimas foram identificadas como Allane de Souza Pedrotti Mattos, diretora, e Layse Costa Pinheiro, psicóloga do Cefet, no Maracanã, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro
Duas servidoras do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), no Maracanã, Zona Norte do Rio, foram assassinadas na tarde desta sexta-feira (28) por um ex-funcionário que, em seguida, tirou a própria vida. As vítimas foram identificadas como Allane de Souza Pedrotti Mattos, diretora, e Layse Costa Pinheiro, psicóloga da instituição. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso.
Allane era chefe da Divisão de Acompanhamento e Desenvolvimento de Ensino (Diace) e coordenava a equipe pedagógica e acadêmica da Direção de Ensino. Doutora em Letras, construiu uma trajetória acadêmica que passou pela PUC-Rio, UFRJ, UFF e Universidade de Copenhagen, na Dinamarca.
Nas redes sociais, Allane se definia como “mãe e cria do Morro do Pinto”, comunidade da região central do Rio. Artista, também atuava como cantora, compositora e pandeirista. A morte da educadora gerou forte comoção no meio cultural. Em nota, o tradicional Renascença Clube, onde ela se apresentava, lamentou profundamente sua perda:
“Allane foi brutalmente assassinada nesta quinta-feira, no Cefet, Campus Maracanã. A notícia nos entristece e deixa um vazio entre amigos, frequentadores e toda a nossa comunidade. […] Que sua memória seja lembrada com respeito, afeto e gratidão.”
A segunda vítima, Layse Costa Pinheiro, era psicóloga escolar do Cefet e formada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Muito ativa nas redes sociais, se apresentava como “feminista, antirracista e na luta por todas as minorias”, além de apaixonada por música e dança de salão.
O autor dos disparos foi identificado como João Antônio Miranda Tello Gonçalves, ex-servidor da instituição.
Estudantes que estavam no campus no momento do ataque relataram momentos de desespero. Um deles contou que ouviu “uns quatro barulhos”, mas não imaginou que fossem tiros, até que uma pessoa entrou na sala “desesperada” avisando que uma funcionária havia sido atingida.
A investigação busca esclarecer a motivação do crime e a dinâmica dos fatos. O Cefet/RJ decretou luto e suspendeu as atividades após a tragédia.
Fonte: G1 Globo
