Grupo de Trabalho estudará impacto orçamentário de reajustes
No início da semana passada, o Fórum Resiste-PCSP, que reúne 18 entidades representativas das carreiras da Polícia paulista, foi recebido no Palácio dos Bandeirantes pelo governador Tarcísio de Freitas e seu secretariado para discutir a pauta consolidada das reivindicações da categoria.
O encontro marca um desdobramento direto da manifestação pública realizada na semana anterior, no Largo São Francisco, quando policiais civis, militares e penais protestaram contra o que consideram descumprimento de promessas feitas pelo governo — sobretudo no que diz respeito à nova Lei Orgânica da Polícia Civil e à valorização salarial.
Um dos compromissos assumidos pelo governador foi o de apresentar aos representantes do Fórum Resiste, já na próxima semana, a minuta da nova Lei Orgânica da Polícia Civil — um dos pleitos centrais do movimento. Segundo André Santos Pereira, presidente da ADPESP e coordenador do Fórum Resiste, a sinalização do governo representa um passo concreto após meses de cobranças.
“Foram passadas ao governador as pautas de consenso do Fórum Resiste — nossos seis eixos — e entre eles está justamente a urgência da nova Lei Orgânica. O compromisso de apresentar a minuta para análise das entidades já na próxima semana, é um avanço importante”, afirma.
Durante o encontro, as entidades também reforçaram a necessidade de um reajuste salarial linear e defenderam perante o governo os prejuízos provocados pela defasagem remuneratória nas carreiras da Polícia Civil. “Solicitamos um reajuste linear e transparente. O governador fez uma longa explanação sobre responsabilidade fiscal, e o retorno que temos agora é de que há um estudo em andamento para viabilizar esse ajuste no próximo ano, com análise do impacto orçamentário”, reforça Pereira.
Além do compromisso, o Fórum Resiste reforçou sobre a necessidade de urgência para apresentação de resultados concretos, tendo em vista o pouco tempo que falta para o encerramento do mandato do Governador. Para André, o diálogo é positivo, mas a mobilização continua: “Nós vamos seguir firmes na luta em busca de resultados. O governo abriu as portas e isso é relevante, mas seguimos atentos e coordenados, porque ainda há muito a ser ajustado para garantir as condições reais de valorização e permanência do efetivo.”
Ao final da reunião, o governo também anunciou que um grupo de trabalho será responsável por analisar as reivindicações, revisar planos de carreira, avaliar o impacto financeiro das propostas e discutir a uniformização de critérios entre as carreiras do Estado.
Por M2 Comunicação Jurídica
