Trio foi preso temporariamente após suspeita de desviar dinheiro de casal de 86 e 96 anos; Justiça bloqueou bens e contas dos envolvidos
A Polícia Civil de Goiás prendeu temporariamente a cuidadora Eliane Nascimento de Albuquerque, o filho dela, Felipe Emerson de Albuquerque Silva, e a nora, Valquíria Lima Silva. O grupo é suspeito de furtar mais de R$ 100 mil de um casal de idosos de 96 e 86 anos, em Itumbiara, no sul do estado. A defesa informou que discute apenas a possibilidade de os investigados responderem ao processo em liberdade e declarou que não comentará o conteúdo das acusações.
A operação, batizada de “Inimigo Íntimo”, foi deflagrada nesta terça-feira (25) pelo Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais após quase dez meses de apuração. As investigações começaram quando o casal notou movimentações atípicas na conta bancária e procurou ajuda. As imagens e identidades dos suspeitos foram divulgadas conforme autorização judicial, com base na Lei nº 13.869/2019 e na Portaria nº 547/2021, para facilitar a identificação de possíveis novas vítimas.
Segundo a corporação, Eliane, que trabalhava como cuidadora de um dos idosos, tinha acesso ao cartão e à senha das vítimas. No dia 22 de janeiro, ela realizou um saque autorizado de R$ 2 mil. No entanto, no dia seguinte, ocorreu um novo saque não autorizado no mesmo valor e o dinheiro foi depositado na conta de Valquíria, apontada como a principal beneficiária do esquema.
Entre 24 de janeiro e 21 de fevereiro de 2025, diversas transferências via Pix foram feitas da conta de uma das vítimas para a conta de Valquíria, somando R$ 39.746. A polícia afirma que outro idoso também sofreu prejuízos, totalizando R$ 74.360,32. Os investigadores ressaltam que Eliane era a única pessoa com acesso ao local onde o cartão e a senha eram guardados.
A apuração ainda indica que Felipe Emerson recebeu parte dos valores desviados, fortalecendo a suspeita de que os três atuavam de forma conjunta. Com as provas reunidas, a Polícia Civil solicitou medidas cautelares, que foram autorizadas pela Justiça após parecer favorável do Ministério Público.
Fonte: g1.globo.com







