Levantamento do IBGE aponta que 16,7% dos trabalhadores brasileiros vivem abaixo da linha de pobreza, proporção mais elevada entre 40 nações analisadas
O Brasil registrou a maior proporção de trabalhadores pobres entre 40 países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) em 2022, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (3).
Com uma média de 16,7%, o país superou nações como México (14,2%), Costa Rica (15,1%) e Turquia (11,8%), evidenciando a grave situação de vulnerabilidade laboral no território nacional.
O estudo considera trabalhadores pobres aqueles que vivem com renda per capita abaixo da linha relativa de pobreza, estabelecida em US$ 8,30 por dia. A análise contempla lares em que o responsável está em idade de trabalhar e onde há pelo menos um membro empregado, revelando que ter um emprego não garante necessariamente a superação da condição de pobreza.
Os números de 2024 ilustram essa realidade: enquanto menos de 0,6% das pessoas ocupadas foram consideradas extremamente pobres, entre os desocupados a proporção saltou para 13,7%
“Os indicadores mostram que há pobreza entre a população ocupada, o que provavelmente está relacionado a maior vulnerabilidade dos respectivos postos de trabalho, que se traduz em rendimentos mais baixos“, destaca o estudo do IBGE, apontando para a precariedade das relações trabalhistas como fator determinante dessa situação.
A análise também identificou as atividades econômicas que concentram os trabalhadores pobres no Brasil. Os serviços domésticos lideram o ranking, reunindo 11,3% do total dessa população em 2024.
Em seguida aparece a construção de edifícios, com 8,7%, e o comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo, com 4,6%.
Fonte: R7







