Prefeitura afirma que não foi notificada oficialmente, mas promete apuração transparente; suspeito nega as acusações
Uma técnica de enfermagem de 36 anos registrou denúncia por importunação sexual contra um socorrista de 50 anos com quem trabalhava em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Carlos. O boletim foi feito na Delegacia de Defesa da Mulher na segunda-feira (15), e o caso está sob investigação. O suspeito nega as acusações.
De acordo com o relato da vítima, as investidas ocorreriam há pelo menos dez anos e incluiriam convites de cunho sexual. No último fim de semana, ela afirma ter recebido uma imagem enviada pelo colega. Em ocasiões anteriores, também teria recebido vídeos com conteúdo sexual.
A mulher informou que pretende ingressar com ações nas esferas cível, trabalhista e administrativa, além de aguardar a apuração policial. O socorrista, em declaração disse ter sido pego de surpresa e alegou que as conversas ocorreram de comum acordo.
Ainda segundo as informações apuradas, a esposa do suspeito, que ocupava cargo de chefia e era superior hierárquica da vítima, pediu exoneração na tarde de terça-feira (16).
Em nota, a Prefeitura de São Carlos informou que não foi oficialmente notificada sobre os fatos, mas garantiu que a condução do caso e eventual punição serão exemplares e transparentes.
O Código Penal define importunação sexual como a prática de ato de cunho sexual sem a anuência da vítima, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiros. A pena prevista é de um a cinco anos de reclusão.
Para a advogada especialista em gênero Maíra Recchia, o elemento central do crime é a ausência de consentimento, o que caracteriza a conduta independentemente do contexto ou da relação entre as partes.
Fonte: g1.globo.com







