De janeiro a novembro, o ingresso líquido de IDP cresceu 13,8%; montante é o terceiro maior da série histórica iniciada em 1995
O Banco Central (BC) divulgou dados otimistas para a economia brasileira nesta semana. O saldo do Investimento Direto no País (IDP) somou US$ 84,2 bilhões no acumulado de janeiro a novembro, consolidando o maior volume de recursos estrangeiros destinados ao setor produtivo desde 2012.
O desempenho representa um crescimento de 13,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Segundo a autoridade monetária, este é o terceiro maior ingresso líquido da série histórica (iniciada em 1995) para o intervalo de onze meses, ficando atrás apenas dos anos de 2011 (US$ 94,9 bilhões) e 2012 (US$ 87,5 bilhões).
Confiança no Longo Prazo – o IDP é um indicador crucial pois mede o capital estrangeiro voltado a ganhos de longo prazo. Diferente do capital especulativo, esses recursos são aplicados em:
- Abertura de filiais de multinacionais;
- Obras de infraestrutura e novas fábricas;
- Compra de participação em empresas nacionais.
Os números atuais mostram uma recuperação robusta após o choque da pandemia de Covid-19. Em 2020, o clima de incerteza global derrubou o saldo para US$ 37,2 bilhões entre janeiro e novembro — o pior patamar desde 2009. O salto para os atuais US$ 84,2 bilhões sinaliza uma renovação do “apetite” do investidor global pelo mercado brasileiro.
Relevância no PIB – a métrica em dólar permite não apenas a comparação histórica, mas também o monitoramento da capacidade de financiamento externo do país. No acumulado de 12 meses, o IDP atingiu US$ 84,3 bilhões, o que equivale a 3,76% do Produto Interno Bruto (PIB).
Esse percentual vem em uma crescente consistente: era de 3,25% em novembro de 2024 e subiu para 3,62% em outubro deste ano, até atingir o patamar atual. O avanço sugere que o Brasil está conseguindo atrair capital de forma mais acelerada do que o crescimento da própria economia, fortalecendo as reservas e a estrutura produtiva nacional.
Fonte: Poder 360







