Impulsionado por expectativas positivas, o índice da FGV chega a 90,2 pontos, com destaque para a recuperação entre as famílias de menor renda.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pelo FGV IBRE, está encerrando o ano de 2025 em trajetória de alta. Em dezembro, o indicador subiu 0,4 ponto, atingindo 90,2 pontos. Este é o maior patamar registrado desde dezembro do ano passado, quando o índice estava em 91,3 pontos. Na métrica de médias móveis trimestrais, a tendência de crescimento se confirma com um avanço de 0,9 ponto, alcançando 89,5 pontos.
A quarta alta consecutiva do ICC foi sustentada integralmente pelo otimismo em relação ao futuro. Enquanto o Índice de Expectativas (IE) saltou 1,4 ponto, para 95,2 pontos, o Índice de Situação Atual (ISA), que mede a percepção sobre o momento presente, recuou na mesma proporção (1,4 ponto), fixando-se em 83,4 pontos.
Otimismo vs. Realidade Financeira – a economista do FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia, explica que o cenário atual é de um “consumidor menos pessimista”, embora ainda cauteloso.
Segundo Gouveia, o mercado de trabalho aquecido e o aumento do poder de compra têm favorecido o humor dos brasileiros, especialmente nas faixas de menor renda, onde o avanço da confiança foi mais expressivo. Por outro lado, o alto endividamento e a inadimplência continuam a exercer pressão sobre o orçamento doméstico, impedindo uma recuperação mais robusta da percepção sobre o presente.
Perspectivas econômicas em alta – dentro dos componentes que analisam o futuro, o destaque foi o indicador de situação econômica local futura, que disparou 3,6 pontos, chegando a 108,3 pontos — o melhor resultado desde setembro de 2024.
Fonte: Metropoles







