Levantamento mostra que 35% se dizem de direita e 22% de esquerda; 17% se colocam ao centro, 7% à centro-esquerda, 11% à centro-direita e 8% não souberam responder.
Uma pesquisa Datafolha divulgada neste mês mostra que a maioria dos brasileiros se posiciona à direita do espectro político. Segundo o levantamento, 35% dos entrevistados se classificam como de direita, enquanto 22% se dizem de esquerda. Outros 17% se colocam ao centro, 7% à centro-esquerda, 11% à centro-direita e 8% não souberam responder.
Para medir o posicionamento ideológico, os entrevistados foram convidados a se localizar em uma escala de 1 a 7, em que 1 representa a extrema esquerda e 7, a extrema direita.
Desde dezembro de 2022, o Datafolha acompanha a série histórica de posicionamento político entre petistas e bolsonaristas. No recorte mais recente, os apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continuam sendo maioria: 40% se identificaram como petistas, contra 34% que se declararam simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outros 18% se colocaram como neutros, 6% disseram não apoiar nenhum dos dois e 1% não soube responder.

O levantamento também traz recortes por escolaridade, idade e religião. Entre os entrevistados com menor nível de escolaridade, 41% se dizem de direita e 26% de esquerda. Já entre aqueles com ensino superior completo, 30% se colocam à direita, 22% à esquerda e 20% ao centro. Entre os jovens de 16 a 24 anos, o centro aparece com maior peso (30%), enquanto entre os idosos com 60 anos ou mais a direita predomina, com 42%.
No recorte religioso, 36% dos católicos e 42% dos evangélicos se classificam como de direita. Já a identificação com a esquerda é maior entre católicos (24%) do que entre evangélicos (16%).
A pesquisa ainda mostra cruzamentos inesperados no comportamento eleitoral. Entre os que se dizem de esquerda, 9% afirmaram ter votado em Bolsonaro em 2022. Já entre os que se identificam com a direita, 22% declararam voto em Lula.
Entre os bolsonaristas, 5% disseram ter votado no atual presidente, enquanto 7% dos petistas afirmaram ter escolhido o ex-presidente nas urnas, reforçando o retrato de um eleitorado menos ideológico e mais personalista.
Fonte: Folha de S. Paulo







