O aumento das chuvas nos últimos meses provocou uma das maiores cheias do rio Mogi Guaçu desde de 1995, ano em que o nível da água chegou a 6 metros. No início do mês de fevereiro o rio já atingia pouco mais de 5 metros, quase o dobro comparado ao mesmo período do ano passado, em que o medidor marcava 3 metros e meio.
Segundo o Capitão da Defesa Civil, Sebastião Camilo do Nascimento, a explicação é que o período da primavera e verão deste ano foram cinquenta por centro mais chuvosos que o anterior. Como conseqüência do aumento do volume das chuvas, as várzeas do rio próximas ao bairro Vila Sibila transbordaram e alagaram parte da Avenida Nossa Senhora Aparecida, deixando os moradores ilhados e sem transporte. “Quando começa a apontar água na avenida, os ônibus já são tirados da linha que passa por lá”, explica o capitão.
Para resolver o problema, a Defesa Civil disponibilizou canoas para transportar os moradores pela área alagada e uma Kombi para os trechos não alagados, levando os residentes do local até o centro comunitário no Jardim Jandira, das 5 às 18hs. “De lá as pessoas já podem pegar outro tipo de transporte, como um circular”, diz Nascimento. Mesmo com a ajuda, algumas famílias preferiram se mudar. Quatro famílias saíram do bairro desde o início da cheia, duas com a ajuda da prefeitura.
Além do risco de ficar ilhado, os alagamentos na região também trazem outros perigos. Um deles é entrar em contato com a água da enchente, que é suja e pode causar doenças. De acordo com o capitão, outro problema comum é o risco de afogamento. “Nós alertamos a população a não fazer do local da enchente uma piscina. O risco é muito grande pois não temos noção da profundidade e do que pode ter na água”, alerta. Neste ano, nenhum caso de afogamento no local foi registrado pelo Corpo de Bombeiros.
A previsão da Defesa Civil é de que a situação se normalize com a provável diminuição das chuvas nas próximas semanas.