O Ministério da Educação convocou uma reunião na última terça-feira, dia 8, com donos de instituições de ensino superior e propôs que sejam chamados alunos que não foram selecionados para o ProUni (Programa Universidade para Todos).
Embora o número de alunos que se inscreveram o Fies tenha praticamente dobrado no ano passado, chegando a 74 mil, ficou aquém dos pelo menos 220 mil que o governo tinha capacidade de financiar.
Uma das sugestões do ministro para aumentar as inscrições no Fies foi incentivar as universidades a chamarem os alunos que não foram selecionados para o ProUni, programa que oferece bolsas a estudantes carentes. A intenção, no entanto, esbarra na necessidade de fiador, figura exigida pela maior parte das instituições participantes do Fies.
Para tentar combater o problema, o MEC quer aumentar a adesão das universidades ao FGEduc, fundo do governo e instituições de ensino que elimina a necessidade de fiador para o programa de financiamento. Atualmente, apenas 140 das 863 instituições do Fies fazem parte do fundo.
De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, outro diagnóstico feito pelo governo é que nem as universidades nem os estudantes estão suficientemente informados sobre as facilidades introduzidas no Fies nos últimos anos, como juros menores e isenção de pagamento para professores e médicos que forem trabalhar no serviço público.
Professores e Médicos podem ficar livre do pagamento
Desde o meio do ano passado, alunos de medicina e de cursos de formação de professores podem abater 1% da sua dívida a cada mês trabalhado em um hospital ou escola pública após a graduação.
De acordo com o MEC, o Fies pode se equiparar a bolsa de estudo em alguns casos, como o dos 365 mil estudantes que, este ano, pleitearam esse tipo de benefício no Programa Universidade para Todos (ProUni) em cursos de licenciatura e não o obtiveram.
“Esses estudantes poderão abater sua dívida do Fies depois de formados, se vierem a trabalhar na rede pública”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad. O mesmo caso se aplica a estudantes de medicina que, após a formatura, venham a trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS).
No atual processo seletivo do Programa Universidade Para Todos (ProUni), a oferta de bolsas para cursos de licenciatura ficou na faixa de 31 mil, sendo que 396 mil estudantes solicitaram o benefício. No total, um milhão de candidatos se inscreveram no programa, mas o número de bolsas ofertadas, para o primeiro semestre, foi de 123 mil.
Os 877 mil estudantes não atendidos são potenciais candidatos ao Fies, lembrou o ministro. “Eles já foram, inclusive, avaliados pelo Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]”, disse Haddad.
Fonte: http://www.canalrioclaro.com.br/ e MEC