A sala de sessões Dr. Fernando Costa da Câmara Municipal ficou lotada na noite desta quinta-feira, dia 24, com representantes de mais de 40 entidades a fim de debater idéias para apoiar o movimento que luta contra a vinda de um presídio na cidade de Santa Cruz da Conceição.
Os trabalhos foram ministrados pelo advogado Luís Henrique Druziani, idealizador do movimento. De acordo com Druziani, várias proposituras foram debatidas e a reunião foi amplamente positiva. Uma primeira manifestação está marcada para o dia 1º de abril.
“Saímos profundamente animados e contentes e motivados para continuar essa caminhada. São 40 entidades que formalizaram seu apoio na noite de hoje. Analisamos as proposituras de atitudes que iremos tomar nesses próximos dias. Essa é a primeira reunião, nós estamos começando nosso movimento. Esse movimento não vai parar enquanto esse presídio não for rechaçado das nossas vizinhanças”, afirmou Druziani.
Segundo Druziani, existe tempo hábil para que a população se manifeste antes que as obras comecem. “Há tempo, senão não estaríamos investindo no movimento. Existe apenas o pedido do Governo do Estado para estudo de impacto ambiental daquela área e o decreto visando a desapropriação da área. Não tem edital de construção, construtora, nada. Este é o momento ideal para isso”, afirmou.
O advogado também fez questão de frisar que o movimento não tem intenção de tomar posição contra o Executivo ou Legislativo municipal. “Esse movimento não é contra prefeito, vereador ou deputado. É apenas contra esse ato administrativo com a intenção de trazer esse presídio aqui para perto de Pirassununga”, disse.
Também esteve presente no evento o presidente do Conseg – Conselho Municipal de Segurança de Santa Cruz da Conceição, Mário da Cruz Felício Junior. Em discurso emocionado, ele descreveu a situação da possível construção do presídio no município.
“Desde que foi decretada a vinda do presídio para Santa Cruz da Conceição, dois meses depois eu entrei na Justiça com a Ação Civil Pública 16/2009 no Fórum de Leme. O governo tem que construir presídios, o que não é justo é invadir a competência de um município sem conhecê-lo e sem se importar com a localidade que é onde passa o córrego que abastece Leme, que é o ribeirão do Roque”, disse.
Felício também afirmou que o maior impacto social e econômico deverá ser sofrido pelas cidades vizinhas. “Santa Cruz da Conceição vai sofrer o menor impacto porque não temos nada a oferecer. Quem vai sofrer é o comerciante, o cidadão de Pirassununga e Leme, as duas Santas Casas. E o presídio não vai trazer empregos e nem vai aumentar efetivo da Polícia Militar”.
Dentre as sugestões dadas, e aprovadas por todos os presentes estão: manifestações no estilo de panelaço, uso de internet e das redes sociais, envio de e-mails para deputados e governantes e até uma carreata na rodovia Anhanguera.
Fonte: http://www.difusorapirassununga.com.br e Texto IOM