A distribuição de sacolinhas plásticas descartáveis em supermercados paulistas está com os dias contados. Até o final do ano os supermercados representados pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) deixarão de entregar as atuais sacolas, que são derivadas de petróleo, ao consumidor. O Governo paulista e a Apas assinarão protocolo de cooperação na Feira da Apas (de 9 a 12 de maio) para banir o uso dessa embalagem nas cidades paulistas por entender que não oferece beneficio suficiente que justifique o prejuízo que causam ao meio ambiente. Em seu lugar retornam a conhecida “sacola de feira” e outras alternativas ambientalmente corretas.
“A proposta é o consumidor criar o hábito de levar a sua embalagem ao supermercado. Com a mudança de comportamento será possível acabar com o uso da sacola descartável e incluir as retornáveis (de pano, lona), carrinhos de feira, caixa de papelão”, explica Orlando Morando, vice-presidente da Apas que representa 80% dos supermercadistas paulistas. Primeiro serão as redes associadas à Apas e os supermercados que aderirem ao acordo e, depois, o banimento se estenderá ao varejo. “Todos são favoráveis à medida pela grande contribuição ambiental e a adesão será na totalidade”, destaca.
Depois de assinado o acordo, os donos dos supermercados têm prazo de seis meses para fazer campanhas de mudança de hábito do consumidor para utilizar outros recipientes para o transporte das compras antes de cessar a distribuição de sacolas. O Estado de São Paulo defende o uso ambientalmente consciente das sacolas e a ideia não é banir o plástico, mas diminuir ao máximo o impacto ambiental na natureza, sem atrapalhar a vida do cidadão, informa a Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
Embalagem alternativa
A sacola biodegrável é feita de material renovável (amido de milho, mandioca, batata) e se desfaz em até 180 dias em usina de compostagem e em dois anos em aterro. Quem utiliza as sacolas derivadas de petróleo no armazenamento de lixo caseiro terá de substituí-las pelos sacos pretos (feito de plástico reciclado) ou aprender a fazer sacola com o jornal (acomodar resíduos orgânico na lixeira) ou comprar as biodegradáveis.
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente, não há medida única para solucionar o impacto ambiental, mas sim ações que minimizam o problema da produção de resíduos sólidos e que passam pela coleta seletiva, educação ambiental e conscientização, principalmente dos jovens, sobre a importância de uso e consumo sustentáveis. Ainda de acordo com a Secretaria, a mão-de-obra utilizada na produção das sacolas derivadas de petróleo poderá ser aproveitada na produção de embalagens alternativas.
Fonte: Imprensa Oficial